Review “The New Abnormal” do The Strokes
Em “The New Abnormal”, o The Strokes reencontraram o vigor dos primeiros discos, com melodias bem trabalhadas e a melancolia no lugar da explosão. O álbum conta com nove faixas sobre a produção do renomado Rick Rubin.
O álbum “The New Abnormal” da banda é um retrato de um amadurecimento da sonoridade da banda, que passa a explorar a sutileza, reflexões e introspecção. A identidade musical é formada a partir de experimentações anteriores e influências nostálgicas, como o punk e o garage rock do primeiro álbum “Is This It” e a new wave dos anos 80 presente no novo álbum.
“The Adults are talking” é uma música que abre uma nova era na sonoridade da banda, mostrando uma atitude mais divertida, relaxada e apaixonada pela música. A música destaca a guitarra abafada, a bateria eletrônica sincronizada com o baixo pulsante e a voz de Julian em um tom sussurrado. Tocada ao vivo em um show em 2019, ela foi um dos sinais de que uma nova produção estava em andamento.
“Brooklyn Bridge to Chorus” é apontada como uma música dançante que será destaque nas festas alternativas e reflete sobre o tédio e o passado. Já “Bad Decisions” é descrita como outra música dançante que faz referência a “Dance with Myself” do Billy Idol e é sustentada por um riff de guitarra.
.”Eternal Summer” é apontada como uma música com falsetes clássicos e mais maduros e “Not The Same Anymore” é descrita como a faixa mais bonita da banda. Além disso, o álbum como um todo parece transmitir uma sensação de diversão e liberdade, que não é sentida há anos.
Não é difícil imaginar se o The New Abnormal fosse lançado há 15 anos atrás, ele teria um impacto muito maior na música. Por outro lado, o disco perderia o clima nostálgico de quando o indie rock despontava como trilha sonora dominante para toda uma geração.