SZA – SOS
E após todo esse tempo, SOS provou ser mais do que valeu a espera. Ainda mantendo sua identidade sonora distinta de soulful R&B, SZA experimenta com gêneros musicais ao seu redor, desde o hip-hop ao funk. Além disso, a letra honesta e introspectiva sobre a jornada pessoal e amorosa de SZA é o ponto alto do álbum, onde ela se mostra vulnerável e sincera. De ‘Hit Different’ a ‘Good Days’, SZA criou uma obra prima da música R&B que certamente será lembrada por muitos anos.
Ao ouvir o álbum, é fácil ver que SZA não apenas se recuperou das lutas que enfrentou, mas também evoluiu musicalmente. A sua voz se destaca sobre produções rítmicas e beats envolventes, criando uma vibe sensual e cativante. O álbum também apresenta colaborações bem-escolhidas, incluindo Ty Dolla $ign, Justin Timberlake e Jessie Reyez. Com letras introspectivas e poderosas, SOS é um trabalho coeso e convincente que prova que SZA merece estar no topo do jogo do R&B.
Uma faceta que se destaca de SOS são as pitadas de humor, às vezes até cínicas, de SZA. Um bom exemplo é a peça Kill Bill:
Sou tão madura, sou tão madura
Sou tão madura, consegui um terapeuta para me dizer que há outros homens
que não quero nenhum, só quero você
Se não posso ter você, ninguém deveria , eupoderia matar meu ex, não é a melhor ideia
A próxima namorada dele, como vim parar aqui?
Eu posso matar meu ex, eu ainda o amo, embora
Prefira estar na cadeia do que sozinho
O álbum SOS é uma mistura única de R&B e baladas, com letras líricas profundas e emocionais e uma trilha sonora cativante. A combinação de elementos torna o disco universal e relacionável para as pessoas que passam por um rompimento difícil. Além disso, a contenção de fachada e o jogo de referências surpreendentes mostram a habilidade artística e a inteligência de SZA na composição de música.
Além disso, as colaborações são realmente bem sucedidas no SOS. Used com Don Toliver oferece uma melodia sólida e letra cativante. A colaboração de SZA com Phoebe Bridgers em Ghost in the Machine também é surpreendente, mas funciona muito bem. Bridgers se junta ao universo de SZA e ela consegue tornar a música acessível ao estilo de Bridgers. A aparição de Travis Scott em Open Arms também é eficaz, adicionando uma balada impactante ao álbum.
Todos esses temas são tratados de forma diferente, mas a unidade do álbum é mantida por um trabalho de produção impecável. Cada peça é tão elaborada quanto a outra, e não há nenhum momento onde a produção seja fraca. A linha de baixo e os sintetizadores são fortes e intensos, dando a cada peça uma sensação única e atmosférica.
No geral, SOS é um álbum sólido e coeso que merece ser ouvido. SZA apresenta um trabalho incrível, e o resultado é uma obra de arte de R&B moderno. A espera por um segundo álbum de SZA valeu a pena, e SOS é um verdadeiro tesouro musical.