6 artistas da line-up do C6 Fest que você precisa conhecer
O C6 Fest vai acontecer nos dias 19 a 21 de maio em São Paulo, no Parque Ibirapuera, e nos dias 18 e 20 no Rio de Janeiro, no Vivo Rio. Com um line-up recheado de ótimos nomes do rock, jazz, EDM e muito mais, a curadoria do festival acertou em cheio ao misturar atrações muito conhecidas do público, como Kraftwerk e Underworld, com artistas que estão despontando e já acumulam fãs e prêmios, como Domi & JD BECK e Black Country, New Road.
O festival é uma união da C6 com a Dueto Produções, empresa que era responsável pelo Free Jazz, saudoso festival que agraciou o público com os shows de artistas como Dave Matthews Band, Jeff Beck, Jamiroquai entre outros. É uma ótima oportunidade pra quem estiver no Rio ou em São Paulo de conhecer artistas novos; é um line up pra ir e se surpreender.
Nessa pegada, a Moodgate separou seis artistas que podem passar batidos aos ouvidos desatentos, mas que merecem, e muito, a sua atenção!
Weyes Blood
Com uma carreira de dezesseis anos, a estadunidense Natalie Mering vem ao Brasil pela primeira vez como um dos destaques do C6 Fest. Graças ao sucesso disco Titanic Rising, de 2019, a artista consagrou-se como um dos maiores nomes dos circuitos de festivais alternativos dos Estados Unidos. Com uma identidade visual estonteante e arranjos orquestrais capazes de evocar irrefreável nostalgia, a performance de Weyes Blood no evento faz parte da turnê de divulgação de seu último álbum, And In The Darkness, Hearts Aglow, lançado no ano passado.
Samara Joy
Samara Joy é uma das grandes novas vozes do Jazz. Aos 21 anos, ela foi indicada ao prêmio de Melhor Artista Revelação pela revista Jazz Time. Na última edição do Grammy, Linger Awhile, seu segundo disco, recebeu as estatuetas de Melhor Álbum Vocal de Jazz e também Melhor Artista Revelação.
Black Country, New Road
Mais uma banda queridinha da crítica e do publico pois, além de terem sido indicados ao prêmio Mercury, o disco Ants From Up There atingiu o terceiro lugar entre os mais vendidos do Reino Unido. Com um estilo difícil de se definir, o grupo passeia pelo post punk, chamber pop e o Sprechgesang, que é uma técnica vocal que fica entre o falar e o cantar. Uma curiosidade legal é que a baixista/vocalista da banda, Tyler Hyde, é filha de Karl Hyde, integrante do Underworld, banda que também estará presente nessa edição do C6 Fest.
The Comet Is Coming
King Shabaka, Danalogue e Betamax. Poderiam ser nomes de Pokemons, mas são os alter egos dos integrantes do grupo londrino The Comet is Coming. Eles fazem uma mistura interessantíssima de jazz, música eletrônica, funk e rock psicodélico. O nome da banda veio de uma novela radiofônica de mesmo nome, que não influenciou só nesse quesito, mas também no estilo “espacial” do trio.
Mdou Moctar
Os tuaregues são um povo berbere constituído por pastores seminômades, agricultores e comerciantes. No passado, controlavam a rota das caravanas no deserto do Saara. Maioritariamente muçulmanos, são os principais habitantes da região sahariana do norte da África, distribuindo-se pelo sul da Argélia, norte do Mali, Níger, sudoeste da Líbia, Chade e, em menor número, em Burkina Faso e leste da Nigéria. Podem ser encontrados, todavia, em praticamente todas as partes do deserto. Falam línguas berberes e preservaram uma escrita peculiar, o tifinague. Estima-se que existam entre 1 e 1,5 milhões nos vários países que partilham aquele deserto.
Apesar de ter origem em uma página da Wikipedia sobre os Tuaregues, o parágrafo acima cabe ao peculiar artista Mdou Moctar, que é tuaregue e está baseado em Agadez, no Níger. Outra particularidade é o fato de ele cantar em tamaxeque, que é um grupo de dialetos e línguas berberes. Dá pra conferir esse riquíssimo som nessa parceria com o incrível grupo Black Midi:
Domi & JD Beck
O duo franco americano de jazz Domi & JD Beck se conheceu em 2018, quando tinham, respectivamente, 18 e 16 anos. Mesmo com a pouco idade, eles já trabalharam com artistas consagrados como Thundercat, Anderson .Paak, Ariana Grande e Bruno Mars.
Em pouco tempo eles também ganharam reconhecimento da crítica, já que o seu álbum de estréia, Not Tight, foi indicado em duas categorias do Grammy: Artista Revelação e Melhor Álbum Instrumental Contemporâneo.