Coolritiba: saiba como foi o festival | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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Coolritiba: saiba como foi o festival

O festival mais cool de Curitiba entregou tudo ao que se propôs e muito mais: com atrações musicais variadas e uma estrutura exemplar, o evento parece ter se consagrado de vez no cenário nacional ao juntar moda, comida boa e uma mescla de artistas em ascensão e outros mais do que consagrados.

Foto: Helena Sbrissia (Iphone)

A tarde ensolarada na Pedreira Paulo Leminski contribuiu, e muito, para elevar o astral da plateia, que já estava atiçada (no melhor sentido possível) por causa da animação dos artistas. O bom humor parecia contagioso e, bem antes de chegar perto dos palcos, todo mundo já estava curtindo o clima incrível.

Este ano, a produção do evento teve uma decisão muito acertada de colocar os dois palcos do evento um ao lado do outro. Com programação intercalada, enquanto um artista tocava no palco A, por exemplo, o palco B estava sendo preparado para a próxima atração. O resultado? Nenhum dos artistas convidados atrasou um minuto sequer. Além disso, a plateia não passava nem quinze minutos esperando por um show.

Foto: Helena Sbrissia (Iphone)

Quanto à estrutura, quase nada para se reclamar. Haviam stands com vendas de bebida e comida ao longo de todo o evento, os banheiros estavam bem distribuídos e um espaço muito bem localizado foi reservado para bebedouros – assim, todos podiam beber água de graça e até mesmo levá-la consigo caso estivessem portando um copo ou uma garrafinha.

Com “quase nada para reclamar”, a referência é para o espaço reservado para pessoas com deficiência. Ao lado da praça de alimentação, apesar da acomodação ser boa, ela também ficava bem longe dos palcos principais e, pior de tudo, com a vista do Lado A do Cool Stage tampada pelos equipamentos técnicos. Para quem nunca visitou a Pedreira Paulo Leminski, a maior parte do solo local é coberta de pedrinhas, o que torna a locomoção de cadeiras de rodas muito difícil. Apesar de ser uma justificativa para a distância do palco, medidas poderiam ter sido tomadas para que os PCDs presentes tivessem uma experiência mais satisfatória.

Foto: Helena Sbrissia (Iphone)

As atrações mais diferenciadas também tiveram muita procura: a belíssima roda-gigante, toda iluminada, bem como os balanços e a tirolesa – que inclusive, era gratuita, ao contrário da roda-gigante. Tudo muito bem localizado e com vista direta para os palcos principais do evento. No geral, foram 14 horas de atrações variadas e, principalmente, de boa música sendo entoada na Pedreira Paulo Leminski. Quem “abriu” a casa foi o Tuyo, no Cool Stage lado A, seguido por Agnes Nunes no lado B e Liniker, também no A.

Foto: Helena Sbrissia (Iphone)

Ainda falando de música boa, a irreverência de Alceu Valença não pegou ninguém de surpresa – até porque ele dispensa apresentações. Entre pitadas de La Belle De Jour e Anunciação, o cantor trouxe o melhor de Recife para fazer um tour na Pedreira Paulo Leminski e embalar todos os presentes em um arrasta pé pra lá de bom.

Fresno também botou para quebrar num show quente, que teve como presente os últimos raios de sol da tarde. Entre hits para lá de conhecidos e músicas do último álbum lançado, Lucas Silveira não poupou esforços em mostrar o quão contente estava com a energia do seu público após 24 anos de carreira.

Foto: Helena Sbrissia (Iphone)

Já o Lagum, que na edição passada do Coolritiba foi injustiçado e tocou no palco secundário, animou a plateia toda com sua educação e carisma. As músicas suaves foram um contraste perfeito para uma Pedreira que tinha acabado de entonar os hits emos do Fresno.

Foto: Helena Sbrissia (Iphone)

Depois dele, Teto deu início à sequência de trap e rap que veríamos nas próximas 3 horas e 10 minutos. Com humildade e simpatia de sobra, o trapper cantou um belo repertório em um palco enfeitado, esquentando o clima para o público antes que seu parceiro de composições – Matuê – assumisse as rédeas. Apesar de não demonstrar tanta simpatia quanto seus colegas, o artista embalou o público em diversos hits e tirou o fôlego de todos com o seu telão.

Foto: Helena Sbrissia (Iphone)

L7nnon chegou conquistando todos com sua marra carioca característica. Mas isso não significa que não tenha esbanjado simpatia. Depois de algumas músicas, apresentou-se ao público como “L7nnon ou L7”, disse que era um prazer tocar num festival como o Coolritiba e que, mesmo aqueles que não conheciam seu trabalho já deviam ter ouvido a próxima música. Foi assim que a plateia entoou, com gosto, Ai, Preto junto com o rapper.

Quando Mano Brown entrou no palco foi como se o festival mergulhasse numa centelha dos anos 1990. Com toda a sua conhecida intrepidez, ele embalou o público com algumas das canções mais relevantes da história da cena nacional do rap, abordando os problemas do racismo, da desigualdade e da violência. Sua mensagem ecoou pela Pedreira Paulo Leminski e transcendeu qualquer fronteira imaginável.

Algo que também ecoou pelo festival foram os vocais incríveis de Sandy, queridinha do público. Suas músicas para lá de emocionantes arrepiaram todo mundo que parou para acompanhar uma das maiores divas do Brasil. Quando ela cantou A Lenda, não houve viva alma que não tenha acompanhado a artista no refrão para lá de emocionante.

Foto: Helena Sbrissia (Iphone)

Quando Gilberto Gil se apresentou no palco, quase aconteceu uma confusão generalizada. O motivo é simples: todo mundo queria ver o show de um dos maiores nomes da música nacional o mais perto possível. Mas, mesmo com empurrões, é difícil não se deixar envolver de todas as maneiras e se divertir quando uma lenda viva sobe ao palco para deixar sua marca. Com um show compassado e cheio de clássicos, Gil deixou um gostinho de quero mais quando se despediu para dar espaço à última atração da noite.

Foto: Helena Sbrissia (Iphone)

Esta que foi ninguém mais, ninguém menos que Marisa Monte. Em mais um show da sua turnê Portas, a diva entregou um show inebriante e etéreo em todos os sentidos, com um figurino de tirar o fôlego e canções que já se tornaram clássicos na cena nacional. Marisa Monte é sempre um espetáculo à parte e seu show foi a maneira perfeita para encerrar a noite e deixar o clima leve, descontraído e puro. Uma verdadeira rainha!

E assim foi mais uma edição do Coolritiba, um festival que evolui de uma edição a outra, mostrando que é capaz de atender às exigências do público para, ano após ano, encantar cada vez mais o coração de todos que se deixam invadir por uma vibe indescritível e única.

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