Djavan chega com a Turnê D no Rio de Janeiro e lota shows no fim de semana | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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Djavan chega com a Turnê D no Rio de Janeiro e lota shows no fim de semana

No último sábado (27), Djavan levou sua Turnê D para o Qualistage, no Rio de Janeiro. Foram três apresentações durante o fim de semana (sexta, sábado e domingo) com lotação máxima em todos os dias, e quem pôde comparecer vivenciou uma noite inesquecível.

Foto: Lucas Pires / Moodgate

Utilizando um figurino mitológico e sofisticado, com capa e capuz, Djavan iniciou o show com a clássica Curumin, canção que abre seu disco de 1989 e possui na sua letra uma simulação de conversa entre duas crianças indígenas (curumins), em que elas pensam sobre dinâmicas de amor. Em seguida, Boa Noite de 1992 e, nesse momento, mesmo sendo um show de plateia com mesas e cadeiras, já era possível ver as pessoas se soltando mais e acompanhando o som na voz e com os braços pro alto. Logo depois, Servilhando, uma música lançada em 2022 no álbum D, que também intitula a turnê. E, mesmo sendo recente, foi muito cantada pelos fãs.

Em determinado momento, entre uma música e outra, Djavan aproveitou para discursar em defesa dos povos indígenas e do meio ambiente, abordando a necessidade de reprovar o Projeto de Lei 490, que prevê alterações nas regras de demarcação de terras indígenas.

O repertório estava recheado de sucessos, destrinchados com maestria pelo artista e sua banda, que apresentavam uma sincronia fora de série ao oferecer para cada música um arranjo envolvente que soava como algo inédito. Além disso, o conceito visual foi muito bem incorporado, trazendo uma unidade harmoniosa e equilibrada, Gringo Cardio, o responsável pela cenografia, e Césio Lima, Serginho Almeida e Mari Pitta, encarregados dos desenhos de luz, entregaram uma verdadeira obra de arte.

Alguns momentos especiais da noite foram ao som de Flor de Lis, Tenha Calma, Oceano e Sem Você, em que a plateia estava uníssona, sendo levada pela energia que Djavan irradiava do palco. No fim de cada uma das canções, ouviam-se gritos de “eu te amo”, sempre seguido por um “eu também”.

Porém, a grande catarse da noite, um verdadeiro acontecimento, foi a sequência Se, Samurai e Sina. Todos se levantaram. Ao circular pelo local do show, era possível ver plateia e funcionários cantando as letras de cor. Djavan já não era mais um indivíduo em um lugar, e sim parte onipresente da vida de cada uma daquelas pessoas. Djavan é o povo brasileiro.

No bis final, Pétala e Lilás encerraram com chave de ouro, com leveza e tranquilidade. Ovacionado, o cantor agradeceu e encerrou mais um show histórico. Este fim de semana na Cidade Maravilhosa foi o último ato da Turnê D antes de partir para a Europa no mês que vem, onde Djavan fará diversos shows, incluindo apresentações solo e em festivais. Mas, em agosto, a turnê volta ao Brasil e passará por inúmeros estados do país.

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