4 músicas para conhecer o poder transformador do rapper BK | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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4 músicas para conhecer o poder transformador do rapper BK

O rapper Abebe Bikila, popularmente conhecido como BK, volta ao Circo Voador para um fim de semana de shows que prometem lotar a lona mais famosa do Rio de Janeiro. As apresentações irão acontecer nos dias 7, 8 e 9 de julho, mas os ingressos dos dias 7 e 8 já estão completamente esgotados. Por isso, foi necessário abrir uma data extra, no dia 9.

BK vai trazer shows com novidades, participações especiais e repleto de músicas que fizeram parte de sua trajetória, muitas delas que hoje já são consolidadas como clássicos do rap nacional. Os shows de abertura serão variados em cada um dos dias de apresentação, mas contando sempre com nomes em ascensão na cena do rap. Bebé Salvego e Dj Padrão abrem na sexta-feira, Gustavo CHS e Dj Msé da crew do Bloco 7, no sábado e Sain e Dj Pauly, no domingo.

Então, se você está empolgado para ver o BK’ nesse fim de semana ou está curioso pra conhecer a voz que arrasta uma multidão por onde passa, conheça agora 5 músicas do rapper que a Moodgate separou para você:

Caminhos

Caminhos é a sexta faixa do disco Castelos e Ruínas, que já nasceu clássico e, mesmo sendo seu primeiro trabalho solo, é considerado por muitos como o melhor álbum já produzido pelo BK’. A canção se tornou um hino no meio do rap e arrepia qualquer ouvinte pela potência sonora do bom bap, pela força da voz de BK e intensidade da sua letra. A composição explora uma série de rimas que são marcadas por sua dualidade: “eu sou o luxo, e o lixo, eu sou o limpo, e o sujo”, canta. “Nem duas caras, nem máscaras. Nem em cima do muro”.

Para além, nos faz compreender uma nova visão de vida que desmantela demagogias e nos apresenta a crueza da verdade “eu tentei me desfazer do ódio. Pensar que a terra era um bom lugar. Mas é ele que move o mundo. Então vamos lá nos matar”, afinal, para viver a paz, é necessário encarar e conviver com o caos inevitável.

Planos

Com beats mais melódicos e participação de Luccas Carlos, esse love song mostra um lado romântico do BK que deixa seu egoísmo de lado e entrega seu amor à sua mulher. Quem conhece e curte, com certeza já dedicou essa música para a pessoa amada, pois além de falar de amor, ela fala de futuro e garantias que, apesar dos erros do casal, o grande acerto é o amor entre eles e a certeza de que estarão juntos para sempre.

Esse som faz parte do elogiadíssimo álbum Gigantes, o segundo lançamento solo de BK.

Sigo na Sombra

Composição que abre seu disco de estreia Castelos e Ruínas, um verdadeiro pé na porta. Com ritmo e poesia muito bem encaixados, Sigo na Sombra aborda o sentimento de estar às margens da sociedade, caminhar por terrenos incertos e principalmente manter-se fiel ao cenário underground. Já primeiro verso, BK faz referência à mixtape de estreia do seu coletivo Nectar Gang, chamada Seguimos na Sombra: “é porque eu sigo na sombra. Mas um soldado que não tomba”.

A mensagem passada aqui é de seguir correndo pelo certo e por uma vida melhor apesar das adversidades, que não são poucas. O trecho “tô no meio da zona, só visando o conforto. Não confunda com a zona de conforto”, por exemplo, mostra muito bem isso. BK mistura distintos significados adquiridos pelas palavras e cria a ideia de um momento conflituoso.

Movimento

Música de abertura do disco O Líder em Movimento. Essa faixa dispara já nos primeiros minutos o verso: “Eles mataram Pac, mataram Big, eles querem matar um mano que resiste” mostrando a ameaça causada pelo sistema e pela indústria. Nesse caso, referenciando Tupac e Notorious B.I.G, dois dos grandes ícones do hip-hop mundial que eram rivais nos anos 90.

Movimento tem uma letra muito bem elaborada e cheia de referências a grupos e pessoas históricas para o movimento, como os Panteras Negras, grupo que resistia contra a opressão do povo preto; Marielle Franco, vereadora que comandava a comissão de Defesa dos Direitos Humanos e construía diversos coletivos e movimentos feministas, negros e de favelas; Martin Luther King Jr., líder do movimento dos direitos afro-americanos; Thomas Sankara, militar revolucionário responsável pela independência de Burkina Faso.

A mensagem antirracista e sobre a necessidade de se organizar, lutar e resistir é passada de forma clara. E também, como o sistema pode ser cruel e fatal contra os que ousam contestá-lo e confrontá-lo a fim de promover uma sociedade mais justa. Um hino revolucionário. Uma verdadeira aula do gigante que virou líder. Uma obra-prima de BK.

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lucaspiresj98@gmail.com

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