The Hives — The Death of Randy Fitzsimmons | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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The Hives — The Death of Randy Fitzsimmons

Quando o rock ‘n’ roll é tocado com excesso de seriedade, pode se tornar bastante monótono, especialmente quando está repleto de emoções positivas, discursos moralizantes e conformismo. Em uma época em que é esperado que sejamos politicamente corretos em todas as situações, um álbum de rock corajoso, enérgico e jovial é algo que realmente é bem recebido.

Desde 1997, a banda The Hives tem conseguido com sucesso injetar um pouco de juventude em um gênero que às vezes se leva excessivamente a sério. No passado, liderados pelo carismático Howlin’ Pelle Almqvist, eles também cometeram o erro de se perderem em ambições excessivas, principalmente em seu último trabalho de estúdio, Lex Hives (2012) – um álbum longo e suave que perdeu a vivacidade da juventude. Depois de uma pausa de onze anos na gravação de novas músicas, The Hives retornou com The Death of Randy Fitzsimmons. Randy Fitzsimmons é um personagem fictício criado do zero por Almqvist, é considerado o sexto membro da banda e acredita-se que seja a fonte inspiradora por trás das composições do grupo.

Foto: Edu Yildiz

No comunicado à imprensa que anunciou o lançamento do álbum, Almqvist sutilmente revelou as intenções criativas da banda: “O rock ‘n’ roll não pode envelhecer. Ele é eternamente jovem.” É uma declaração com a qual concordo plenamente.

Sob a produção de Patrik Berger (conhecido por seu trabalho com Lana Del Rey e Robyn), The Death of Randy Fitzsimmons poderia ter sido afetado pelo polimento excessivo que Berger costuma aplicar nas suas produções. No entanto, sua contribuição surpreendentemente ressalta a intensidade do impacto do The Hives. Enquanto faixas como What Did I Ever Do to You? mostram uma tentativa mais ou menos bem-sucedida de incorporar elementos de electro-rock, os suecos também incendeiam a cena com faixas incendiárias que respeitam plenamente as raízes punk-garage que solidificaram a reputação da banda.

As quatro primeiras canções, entre outras, são tocadas de forma direta e contundente. O riff marcante em Bogus Operandi é imparável, Trapdoor Solution é frenética, Countdown to Shutdown é uma verdadeira explosão de energia rock e Rigor Mortis Radio é envolvente. Elementos de I Fought the Law do The Clash podem ser ouvidos em músicas como Smoke & Mirrors e Crash into the Weekend, esta última apresentando toques sutis de country-punk. Já The Bomb e Step Out of the Way são pura essência do The Hives.

Além disso, embora este sexto álbum de estúdio do quinteto celebre a “morte” de Randy Fitzsimmons, está longe de ser um fim definitivo para a banda. Essas faixas despidas de artifícios não estão reinventando a roda, mas trazem alegria para aqueles que amam o rock em sua forma mais festiva. Em uma época de turbulência e mudanças constantes, manter a relevância ao mesmo tempo em que se mantém fiel aos valores fundamentais merece aplausos. The Hives nos lembra que a autenticidade do rock ‘n’ roll reside em sua simplicidade.

The Death of Randy Fitzsimmons é a trilha sonora perfeita para celebrar o espírito festivo do rock. A banda vai retornar ao Brasil em dezembro e tem uma apresentação agendada para o dia 2 de dezembro no Autódromo de Interlagos, como parte do Primavera Sound.

Nota: 7.5

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joelrneto12@gmail.com

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