Bad Religion: o legado de uma banda revolucionária | Moodgate
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Bad Religion: o legado de uma banda revolucionária

Formada em 1980 pelos estudantes Greg Graffin e Brett Gurewitz, a banda californiana Bad Religion se mantém viva como uma das mais influentes da história do punk rock. Seus discos, desde os mais antigos lançados há mais de 30 anos aos mais atuais, abordam temas que se estendem pela sociedade contemporânea como a exploração do homem pelo homem, os percalços enfrentados pela automatização da rotina da classe trabalhadora, a desigualdade social e o impulsionamento midiático para um consumo desenfreado.

Aficionado pela teoria da evolução, o vocalista Greg Graffin foi um dos responsáveis pela escolha do nome da banda, visto que ele acreditava que a teoria da evolução era uma antítese do que a religião pregava. E ao tentarem chegar no nome mais ofensivo possível, a escolha acabou sendo Bad Religion. Outros nomes bizarros como Vaginal Discharge e Head Cheese foram sugeridos, mas felizmente não se tornaram a principal opção.

Essa paixão de Greg pelo evolucionismo o acompanha até hoje, sempre muito estudioso, sua dedicação se divide entre o punk rock e a produção de conhecimento acadêmico, e seu currículo é extenso. O vocalista possui doutorado em Biologia evolutiva pela Universidade da Califórnia (UCLA), mestrado em Geologia na mesma Universidade, além de ser PhD em Zoologia, mais especificamente paleontologia evolucionária, pela Universidade de Cornell, onde também ministrou aulas de Evolução.

Em 1981, o Bad Religion lança seu primeiro álbum intitulado How Could Hell Be Any Worse pela Epitaph Records, um selo musical criado pelo guitarrista Brett Gurewitz na época e usado apenas para divulgar as gravações do Bad Religion e fazer que elas parecessem mais profissionais. Com o passar dos anos, a brincadeira foi ficando séria: o grupo se popularizou e o selo da Epitaph ganhou forma, se expandiu na música e atualmente é uma das maiores gravadoras independentes do mundo, tendo produzido bandas como A Day to Remember, Descendents, Bring Me The Horizon, The Offspring, Millencolin, Refused, Propagandhi, dentre outras.

Na sequência, em 1988 e 1989, respectivamente, nascem os discos clássicos Suffer e No Control, consagrando o Bad Religion como um das propulsores do punk rock na década de 80. No primeiro álbum foi apresentado um som acelerado, politizado e ainda meio cru, e nesses conseguintes tudo isso permanece, de modo que a crueza se estabelece de maneira mais elaborada, demonstrando uma maturidade adquirida e uma identidade ainda mais desenvolvida. Acontecimentos históricos como a queda do Muro de Berlim, o acordo entre o governo soviético e Gorbachev anunciando o fim da Guerra Fria e os Estados Unidos sob governo de George Bush, serviram para que Greg Graffin escrevesse algumas músicas na época, sempre com letras ácidas e ironias inteligente, característica do Bad Religion. Especialmente em No Control, composições que questionavam o crescimento industrial desenfreado, o modelo de homem moderno e a ansiedade, tratando ela como um perigo constante na nossa sociedade, isso mostra como o Bad Religion é sempre esteve no futuro, mesmo ao falar do passado. Afinal, o que vivemos é consequência de nossos feitos e a história da humanidade se mostra repetitiva em muitos aspectos.

Nos anos 90, mais discos clássicos, Against The Grain, Recipe For Hate e Stranger Than Fiction foram os principais. A essência sonora é a mesma, só que explorando algumas sonoridades características da década presente no desenvolvimento do som. Mais questionamentos, discursos de revolta e crítica ao pensamento religioso estadunidense também são apresentados na forma de sátiras bem elaboradas.

Com a chegada dos anos 2000, o Bad Religion seguia envelhecendo como vinho. Rebeldes com causa, como sempre foram, trazem como principais discos nesse período The Process Of Belief e The Empire Strikes com um olhar um pouco mais voltado para a política de guerra estadunidense. Nos anos 2010, o lançamento do álbum True North com um punk clássico atingiu uma boa visibilidade nas paradas musicais, principalmente com a faixa Fuck You, sempre presente nos setlists da banda.

O Bad Religion chega no Brasil em dezembro para se apresentar no segundo dia (2 de dezembro) do festival Primavera Sound em São Paulo.

A banda ainda confirmou um show extra em Curitiba, no dia 1 de dezembro, sendo o único show solo em terras brasileiras em meio a uma turnê que passará por outros cinco países na América do Sul. Quem tiver a oportunidade de ir, não perca por nada!

A Mood também te indica assistir um especial de 4 vídeos celebrando os 40 anos do Bad Religion no famoso Clube Roxy em Los Angeles. Veja abaixo.

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lucaspiresj98@gmail.com

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