10 músicas para redescobrir o Red Hot Chili Peppers | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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10 músicas para redescobrir o Red Hot Chili Peppers

Ao longo de uma carreira que durou quarenta décadas diferentes, o Red Hot Chili Peppers começou com o estilo rudimentar nos anos 80 até ascender ao status atual de dinossauro do funk-rock. O retorno recente de John Frusciante despertou a criatividade em Flea, Anthony Kiedis e Chad Smith para uma nova turnê dos discos Unlimited Love e Return of the Dream Canteen.

O Brasil contará com apresentações no Rio de Janeiro, a partir do dia 4 de novembro, em Brasília, no dia 7 de novembro e São Paulo, 10 de novembro. Já nas datas de 13 e 16 de novembro, o Red Hot Chili Peppers se apresenta no sul do país com shows em Curitiba e Porto Alegre. A escolha de setlist dividiu seus fãs em meio a tantas faixas históricas, mas espere verdadeiras jams experimentais, além da certeza de que o público receberá grandes hits como Give It Away, Under The Bridge, Californication e Can’t Stop. Se você ainda não está por dentro de outros lançamentos da banda, a Moodgate separou 10 músicas essenciais para sair da zona de conforto.

Torture Me

Apesar de Torture Me não ser presença regular nos shows de Red Hot Chili Peppers, a canção é querida pelos fãs do Stadium Arcadium e carrega metáforas sobre vício em substâncias químicas ou até mesmo pessoas. A introdução (“estou feliz por estar triste”) sugere um personagem confortável com a mágoa, mas que também encontra prazer quando entra em relacionamentos nocivos e turbulências emocionais.

Ao inserir o hard rock no melhor estilo Jane’s Addiction, a linha de baixo e trompete familiar de Flea, acompanhados por um solo enfeitiçado de John Frusciante estabelecem o ambiente único caracterizado pela urgência, incômodo e dor exposta na letra. — Beatriz Robaina

Parallel Universe

Single e segunda faixa do álbum Californication, de 1999, a canção retrata a ideia de universos paralelos, como nome já faz referência. A faixa fala sobre como os seres humanos se entrelaçam nesses universos e como estão constantemente ligados além do quesito físico, que, em questão, torna-os iguais reciprocamente, de forma desconhecida e misteriosa. Ela também faz analogias e metáforas com o sistema solar e as estrelas, “Olhe para as estrelas em sua cabeça”, diz Kiedis em um dos versos.

A música é enérgica e distorcida, característica essa bastante proposital, devido a muitas perguntas sem respostas que Parallel Universe traz sobre o que se sabe dos tais universos e de seus aspectos. — Giovanna Pavan

Go Robot

Lançada como parte do álbum The Getaway em 2016, a música abre com um inconfundível riff de guitarra de Josh Klinghoffer e é seguida pelo ritmo pulsante do baixo de Flea. Anthony Kiedis, por sua vez, apresenta um vocal mais visceral e emotivo, transmitindo a narrativa da música de maneira convincente. A letra de Go Robot explora a desconexão em um mundo cada vez mais digital, onde a busca por amor e autenticidade se choca com a artificialidade das interações modernas. A metáfora do “robô” representa a frieza e a falta de emoção em meio à tecnologia, ressoando com muitos ouvintes em uma era dominada pela virtualidade.

Esta música destaca uma grande fase da banda com seu ex-guitarrista Josh que, para muitos, viveu neste período a sua melhor fase. — Lucas Pires

The Heavy Wing

Penúltima faixa do álbum Unlimited Love, de 2022, a canção fala sobre encontrar a força e a paz dentro de si e, em contraponto, sobre o caos em que o mundo se encontra. O nome The Heavy Wing, ou A Asa Pesada, representa esse caos e o refrão da faixa, por sua vez, explora a ideia de usá-lo como chave para encontrar esses elementos em si próprio. “Diga para o mundo inteiro desacelerar, temos que desembarcar e dar a volta”, Anthony ressalta no início.

É uma música repleta de acordes e riffs, o que prende a atenção do público. É uma longa viagem em meio a trajetória que todo mundo precisa enfrentar e profunda por representar os tempos atuais. — Giovanna Pavan

I Could Have Lied

Depois da sequência de faixas agressivas no simbólico Blood Sugar Sex Magik, o clima escolhe ser mais intimista em I Could Have Lied, uma balada comovente de amor não correspondido. Anthony Kieds reflete sobre o que deu errado em seu relacionamento com a cantora irlandesa Sinéad O’Connor e como um comportamento infiel encerrou tudo entre eles: “Eu poderia ter mentido, sou um grande tolo. Meus olhos nunca manteriam essa calma.”

O foco principal da canção é a sua lírica honesta, cercada por sinais de vulnerabilidade. Na mesma noite em que terminou com O’Connor, Kieds ficou acordado junto de Frusciante e compôs a música; ele também deixou uma fita da gravação em sua caixa de correio, mas nunca obteve retorno da artista. A música marca mudanças radicais na maioria da produção do grupo nas décadas de 1990 e 2000. John aproveita suas habilidades características para empregar acordes de barra e um solo melódico marcante, enquanto Chad Smith abraça a bateria de maneira mais discreta. — Beatriz Robaina

Blood Sugar Sex Magik

Lançada em 1991 como single principal do álbum homônimo, Blood Sugar Sex Magik é uma mistura de funk, rock e hip hop, e é considerada uma das mais emblemáticas da banda.

A música começa com uma introdução de baixo e guitarra, que cria um clima de suspense. Os vocais de Anthony Kiedis entram, cantando sobre sexo, drogas e espiritualidade. A música tem um ritmo acelerado e uma energia contagiante. O solo de guitarra de John Frusciante é um dos destaques da música, é complexo e técnico, mas também é melódico e acessível. A música termina com um riff de guitarra poderoso, que deixa o ouvinte com vontade de ouvir mais.

Blood Sugar Sex Magik é uma música que combina elementos de diferentes gêneros musicais, numa celebração da vida e da sensualidade. — Joel Rocha

Me And My Friends

Me and My Friends é uma faixa do álbum The Uplift Mofo Party Plan, lançado em 1987. Com uma energia crua e acelerada mesclada com o som funk rock, esta é uma das mais marcantes músicas da primeira década do Red Hot. Com um contagiante baixo de Flea, a letra celebra a amizade entre os integrantes, relembrando momentos vividos por eles na adolescência californiana. Uma verdadeira explosão sonora que enaltece, além da camaradagem, a liberdade. Uma joia que volta e meia aparece nos setlists da banda. Lucas Pires

Aeroplane

Aeroplane é uma música complexa e multifacetada, que pode ser interpretada de várias maneiras. Por um lado, é uma faixa sobre dor e sofrimento: as letras escritas por Anthony Kiedis, são sombrias e refletem suas lutas pessoais com a depressão e a dependência química. O título é uma referência ao sentimento de estar preso em um ciclo de autodestruição.

Por outro lado, é também uma música sobre a esperança e a determinação que expressa a crença de que é possível superar os desafios da vida. A faixa é uma representação fiel do período da banda em 1995, quando Kiedis estava lutando contra seus vícios e Frusciante havia deixado a banda. O som é mais difícil e pesado, refletindo as emoções sombrias que Kiedis estava experimentando na época. Feita no período de Dave Navarro na banda (1991), o solo de guitarra é inspirado no estilo de Jimi Hendrix e é executado com muita energia, enquanto o groove de Flea é um sinal de alegria e celebração. Esses elementos são como uma família disfuncional, tentando o seu melhor para fazer uma cara feliz para as férias. Eles nos lembram que, mesmo nos momentos difíceis, sempre há esperança.

Aeroplane termina com um refrão infantil, com a participação da filha de Flea, Clara, e seus amigos. Esses versos são uma representação da inocência e da esperança da infância. Eles nos lembram que, mesmo quando as coisas estão difíceis, sempre há motivos para sorrir. Ao final da canção, podemos fingir que tudo está perdoado e que nos divertimos. Podemos esquecer as dores e os sofrimentos, e simplesmente aproveitar o momento. — Joel Rocha

No Chump Love Sucker

No Chump Love Sucker foi lançada em 1987 integrando o álbum The Uplift Mofo Party Plan, uma obra-prima do punk-funk que ecoa a energia irreverente dos anos 1980. Esta faixa é uma explosão de criatividade musical, mostrando já nos primórdios a habilidade da banda em fundir guitarras estridentes, baixo pulsante e uma batida frenética.

A voz carismática do jovem Anthony Kiedis, cheia de atitude, é complementada pelas letras provocativas, exemplificando a audácia lírica característica da banda na época. É uma captura do espírito rebelde e caótico dos anos 80. Esse é, para muitos, o auge do Red Hot; não só pelo impacto instantâneo do que foi criado, mas como essas produções de desenvolveram ao longo dos anos e serviram de inspiração para muitos outras bandas e a base estética e sonora para o próprio grupo. Lucas Pires

Snow (Hey Oh)

Single e segunda faixa do álbum Stadium Arcadium, de 2006, a canção fala sobre as dificuldades enfrentadas em meios as complexidades da vida. A letra retrata a alegria encontrada através dos momentos compartilhados, apesar disso. Seu refrão e o pós falam de liberdade, mais especificamente sobre estar livre das pressões sociais e suas nuances, “Correndo pelos campos em que todos os meus rastros serão escondidos”, Kiedis repete algumas vezes.

A música é relaxante e tranquila até sua ponte para o final, onde tudo fica mais intenso, o que elipsa a letra, que vai além da neve e caminha para as questões complexas apresentadas na melodia. — Giovanna Pavan

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