Último show da turnê de Roger Waters no Brasil termina com ativismo, nostalgia e muito clamor | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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Último show da turnê de Roger Waters no Brasil termina com ativismo, nostalgia e muito clamor

A música e a política andam lado-a-lado e fazem intermédio a lutas importantes na sociedade desde sempre. Assim, composições vão além da letra e melodia. Elas se tornam ponte para o ativismo e ao que o artista defende.

Roger Waters é um ótimo exemplo para isso e fez seu último show no Brasil neste domingo (12), no Allianz Parque. O músico, em retorno ao país após cinco anos, trouxe a turnê de despedida This Is Not a Drill para seis shows, com passagem em Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e São Paulo. Seu último show não poderia ser diferente do que foi entregue nos anteriores. Waters trouxe nostalgia, ativismo, energia, emoção e clamor ao entrar e permanecer no palco do Allianz Parque. Como complemento, o show foi composto por narrativas e visuais cativantes, o que tornou a performance do artista ainda mais intensa e explosiva.

Já no início, o cantor mandou um recado intimista através da frase “se você é um daqueles que diz ‘Eu amo o Pink Floyd, mas não suporto a política do Roger’, vaza pro bar!”, que apareceu no telão do palco, já dando um gosto do que viria a frente.

Logo após gritos e reações calorosas, Roger apareceu no palco junto a um senhor de cadeira de rodas, como se fosse seu enfermeiro ou médico. Essa aparição e atuação faz referência a clássica música do álbum The Wall (1979), chamada Comfortably Numb. Em seguida, The Happiest Days of Our Lives e as partes dois e três de Another Brick in the Wall foram tocadas. Nos telões, imagens e versos de impacto foram exibidos. As canções foram utilizadas como ponte para o posicionamento político do cantor.

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E não só, já que ao longo de todo o espetáculo Roger explorou os visuais e as histórias das melodias para falar sobre direitos humanos, violência, guerra, preconceito e outras pautas sociais, o que chamou a atenção e cativou a plateia. Cada música apresentada teve um aspecto estético único nos telões, se diferenciando pelas imagens e contexto e, dessa forma, consolidando sua identidade. Isso, com certeza, gerou mais impacto para o público.

Além disso, hits do Pink Floyd foram tocados, como Another Brick In The Wall, Money, Us and Them, Two Suns in the Sunset e mais. Foi um momento ardente e nostálgico para os fãs, bem como explosivo e íntimo. Tudo já estava emocionante com esse compilado, mas o ápice foi ao final. Em Outside The Wall, o público acendeu lanternas e se manteve atento, vidrado. Pude ver muitas pessoas abraçadas e tocadas com a última faixa. Foi um momento de união, marcante. Uma bela despedida. Roger dedicou a canção a Bob Dylan, sua esposa Camilla e seu falecido irmão John. O cantor se mostrou grato e disse “Obrigado!” diversas vezes. Os fãs, por sua vez, clamaram, dada emoção instaurada que demorou para cessar.

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