Dua Lipa — Radical Optimism | Moodgate
Um novo sentimento para a música
5624
post-template-default,single,single-post,postid-5624,single-format-standard,bridge-core-3.0.1,qode-news-3.0.2,qode-page-transition-enabled,ajax_fade,page_not_loaded,,qode-title-hidden,qode_grid_1400,vss_responsive_adv,vss_width_768,footer_responsive_adv,qode-content-sidebar-responsive,qode-overridden-elementors-fonts,qode-theme-ver-28.7,qode-theme-bridge,qode_header_in_grid,wpb-js-composer js-comp-ver-7.9,vc_responsive,elementor-default,elementor-kit-7

Dua Lipa — Radical Optimism

Recentemente, Dua Lipa lançou seu terceiro álbum de estúdio, Radical Optimism, através da gravadora Warner Music. Contendo 11 faixas, sendo três delas os singles Houdini, Training Season e Illusion que já haviam sido divulgados anteriormente, conquistando um considerável número de reproduções nas plataformas de streaming.

A cantora anglo-albanesa prometeu uma mudança de sonoridade nas suas faixas desse novo trabalho, o que realmente ocorreu, mas apesar de bem produzidas, não sustentam o mesmo fundamento de obras antecessoras como o Future Nostalgia, em que o ritmo retrô dance, que agitava as festas nos anos 70, é muito bem definido e explorado.

O álbum começa com End Of An Era e nela já podemos perceber a presença de um arranjo um pouco mais psicodélico, influência de Kevin Parker, produtor do disco e também vocalista da banda Tame Impala.

As letras, de um modo geral, seguem a mesma tradicional fórmula de se fazer música pop. Porém, por falarem de relacionamentos, ainda seguindo esta fórmula, haveria possibilidade de ser mais aprofundada, caminhando por sentimentos mais introspectivos e profundos, o que não acontece. Por outro lado, a superficialidade também pode ter seu valor, ou seja, usar de maneira criativa formas de contar sobre suas relações mas sem tornar aquilo algo pessoal demais. O que também não acontece. A lírica parece estagnar nesse meio termo.

Em Houdini, primeiro single a ser lançado, Dua Lipa faz referência ao famoso ilusionista que nomeia a canção para falar sobre a interação com suposto ficante que deveria se provar antes que ela desaparecesse em um passe de mágica. É uma música bem humorada, com aquele já conhecido ritmo dançante que muita das vezes até foge do convencional, mas permanece na zona de conforto da artista.

Mudando um pouco o ritmo crescente com o qual suas músicas costumam se apresentar, a faixa Falling Forever já inicia com um vocal lançado aos céus que se mantém progredindo até o final. Não faz parte das canções mais faladas do disco, mas vale o destaque por, de certa forma, exigir uma técnica maior para ser cantada, sem se apoiar tanto no beat, que dessa vez acompanha bem sem fazer o papel de “muleta”. Pode ser algo interessante em uma apresentação ao vivo.

Ainda que mantivesse o clichê de falar de términos e relacionamentos, tema recorrente e que sempre vai ter espaço na música pop, faltou uma entrega, seja para o lado mais emotivo de uma música mais intimista, ou, maior inventividade lírica para uma sonoridade extrovertida.

De todo modo, são músicas agradáveis de ouvir se por acaso vierem a tocar na rádio, na academia ou nos corredores de lojas de departamento, que como muitos internautas dizem, parecem ser o ambiente perfeito para várias das músicas de Dua Lipa. Realmente, não há como negar.

Nota: 6

About the Author /

lucaspiresj98@gmail.com

Post a Comment