Interpol — Turn on the Bright Lights (2002) | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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Interpol — Turn on the Bright Lights (2002)

Após uma série de singles e turnês que geraram grande entusiasmo, a Interpol finalmente se catapultou ao sucesso em 2002 com o Turn on the Bright Lights. Aclamado pela crítica internacional, o disco rapidamente se tornou um dos mais populares não só daquele ano, mas também de toda a década, por catalisar tendências que moldaram a década de noventa e o início do novo século.

A missão da banda de Nova York era audaciosa: resgatar o legado deixado por Ian Curtis e reviver o pós-punk para o mundo contemporâneo. Muitos fãs devotos de Joy Division e The Cure seguiram essa trajetória, alguns encontrando certo sucesso, enquanto outros permaneceram no anonimato. Ressuscitar o espírito de Ian Curtis por meio de decibéis era tanto desafiador quanto monumental.

A partir de 2002, no entanto, as rádios de rock e a mídia de Nova York lançou a Interpol a alturas estratosféricas de reconhecimento, sem realmente discernir se tal aclamação era merecida. Esse frenesi, desde o lançamento do primeiro EP até o single inaugural PDA muitas vezes sufocava o crescimento orgânico de uma banda. Apesar desses superlativos indesejados, a Interpol vislumbrava além do brilho efêmero, pois não se tratava apenas de iniciar uma moda ou reviver um gênero musical; eles estavam escrevendo um novo capítulo na história da música.

Com seu tom melancólico e melodias evocativas, Turn On The Bright Lights cria um cenário de sombras e tragédias. A faixa de abertura, Untitled, segue a tradição do pós-punk, com guitarras incisivas e vocais etéreos repetitivos. Apesar disso, a Interpol não se limita às convenções do gênero, confiando no talento de seu vocalista e letrista, Paul Banks. Nesse sentido, faixas como NYC e Hands Away destacam a intimidade das letras de Banks, acentuada pela simplicidade da sua voz. Enquanto músicas como Obstacle 2 e PDA pulsam com uma energia urgente, Stella was a diver and she was always down mergulha nas profundezas do luto e da solidão, evocando temas de amor e morte.

Para além de seu sucesso estrondoso, Turn On The Bright Lights é, também, uma obra que revitalizou o pós-punk de uma maneira inesperada. Inspirada pelo passado, mas alimentada por inquietações modernas, a Interpol ressuscitou a cena musical de Nova York e provocou reflexões entre seus seguidores. Desde então, o renascimento do pós-punk tem buscado um embaixador à altura da Interpol, em vão. Pois raramente, desde Ian Curtis, um vocalista foi capaz de expressar a gama completa dos sentimentos humanos com tanta maestria. Paul Banks, com sua habilidade singular, tece almas perdidas em atmosferas de melancolia sutil, tornando-se um mestre na arte da expressão emocional.

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