Lendas da música que fizeram teste para entrar em bandas… e não passaram | Moodgate
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Lendas da música que fizeram teste para entrar em bandas… e não passaram

Acredite se quiser, mas, na hora de se candidatar a uma vaga de emprego, até mesmo ícones do naipe de Elvis Presley, Slash, Elton John e Eddie Van Halen já receberam um ‘’não’’ algum dia. Esta lista traz casos curiosos envolvendo mais de 20 lendas da música mundial que foram negadas ao tentar ingressar em bandas conhecidas. Prepare-se para se surpreender!

Slash foi recusado pelo Kiss e pelo Poison

Em 1982, o então anônimo Slash trabalhava em uma loja de música de Hollywood e costumava exibir suas habilidades com a guitarra nos momentos de pouco movimento comercial. Acontece que o proprietário da loja em questão conhecia pessoalmente Paul Stanley (um dos dois líderes do Kiss) e decidiu passar o contato de Slash para ele, sabendo que, na época, o Kiss procurava um guitarrista para substituir Ace Frehley.

Paul contatou Slash por telefone, mas acabou desistindo da ideia de chamá-lo para tocar na banda ao descobrir, durante a ligação, que o guitarrista tinha apenas 17 anos. Segundo o que declarou Paul em algumas entrevistas ao longo dos anos, contratar um menor de idade para o Kiss poderia ter causado problemas para o grupo durante as turnês.

Três anos depois, Slash participou do processo de seleção para substituir Matt Smith no Poison e foi um pouco mais longe: ele chegou a ficar entre os dois finalistas para a vaga de guitarrista, mas quem acabou entrando na banda foi C.C Deville. Segundo o que foi contado por Slash e pelos integrantes do Poison ao longo dos anos, Deville foi escolhido para o cargo porque combinava bem mais com o estilo Glam Rock que a banda pretendia seguir, visualmente. O próprio Slash achou a recusa compreensível, já que, diferente de Deville, ele, ”definitivamente, não se via usando maquiagem, laquê e roupas glamourosas”.

Entretanto, algumas derrotas vêm para o bem: no mesmo ano em que Slash foi recusado pelo Poison, ele entrou para o Guns n’ Roses. O resto é história.

Richie Sambora e Eddie Van Halen também foram recusados pelo Kiss

Outros dois guitarristas lendários também ouviram ‘’não’’ do Kiss, em 1982. Estamos falando de Richie Sambora (membro do Bon Jovi de 1983 a 2013) e Eddie Van Halen (falecido líder do Van Halen).

Assim como Slash, Sambora ainda era um músico desconhecido, naquela época. Mas, diferente do guitarrista do Guns n’ Roses, ele chegou a fazer um teste presencial ao lado dos membros do Kiss, por ser maior de idade. Entretanto, Sambora foi recusado por não ter se saído bem na audição organizada por Gene Simmons e Paul Stanley. Anos depois, ele admitiu, em algumas entrevistas, que não estava muito empolgado com a possibilidade de entrar na banda dos maquiados e que, por isso, acabou não se preparando direito para o teste.

Eddie Van Halen, por sua vez, já era um músico mundialmente renomado, em 1982 – a ponto de ter vários hits estourados com o Van Halen e uma colaboração recém-lançada com ninguém menos do que Michael Jackson (na música Beat It,). Porém, apesar do sucesso, o guitarrista estava infeliz em sua própria banda, devido à relação ruim que ele tinha com o vocalista David Lee Roth. A convivência entre os dois companheiros de trabalho estava tão ruim que Eddie confidenciou ao amigo Gene Simmons que tinha o desejo de sair do Van Halen para ingressar no Kiss. Entretanto, Simmons negou a entrada do guitarrista e o convenceu a continuar trabalhando com David Lee Roth.

Segundo o que o co-fundador do Kiss alegou em sua autobiografia, a decisão de recusar Eddie Van Halen não teve nada a ver com o virtuosismo musical do guitarrista (que era imenso), mas sim com o fato de que, naquela época, a banda ainda utilizava as maquiagens com o propósito de manter as identidades de seus integrantes em segredo, e Eddie não conseguiria sustentar isso, pois era um rosto conhecido e tinha um estilo de tocar muito característico e facilmente identificável.

A ideia de dar a vaga para um músico desconhecido se concretizou em dezembro de 1982, com a efetivação de Vinnie Vincent – um dos vários nomes que haviam suprido a ausência de Ace Frehley no álbum Creatures Of The Night (1982). Apesar de ser um guitarrista bem inferior a Eddie, ele se encaixava no perfil de anonimato que a banda procurava.

Porém, o mistério acerca das identidades do quarteto acabou durando apenas mais alguns meses: em 1983, o Kiss revelou os rostos de todos os seus músicos, em uma estratégia comercial para retomar os bons números de vendas. Vincent também acabou ficando muito pouco tempo na banda (apenas até 1984) e foi uma enorme dor de cabeça para Gene Simmons e Paul Stanley durante todo o seu período no grupo. Se arrependimento matasse…

Anos depois, quando Paul Stanley foi perguntado sobre a não-contratação de Eddie Van Halen, ele disse que a decisão foi toda de Gene Simmons e que, na época, nenhum outro integrante do Kiss sequer ficou sabendo dessa história. Stanley ainda afirmou que, por ele, Eddie teria sido contratado.

Jeff Beck foi recusado pelos Rolling Stones

Em 1974, Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Bill Wyman procuravam um guitarrista para substituir Mick Taylor no The Rolling Stones, e um dos convidados a fazer testes para tentar ingressar no grupo foi Jeff Beck.

Naquela época, Jeff já era um nome aclamadíssimo no meio musical: ele já havia passado pelo The Yardbirds (de 1965 a 1966) e, depois disso, liderado os projetos The Jeff Beck Group (que chegou a ter Rod Stewart e Ronnie Wood como músicos contratados) e Beck, Bogert & Appice. Não havia nenhum questionamento a respeito de sua relevância artística e de sua genialidade tocando guitarra.

Entretanto, apesar de todo o seu virtuosismo, Jeff não foi contratado pelos Rolling Stones, devido à sua natureza individualista que, segundo Keith Richards, se enquadrava muito mais no perfil de um artista solo e não combinava em nada com o modus operandi de trabalho em equipe praticado pela banda. A vaga, então, ficou com Ronnie Wood – que havia acabado de deixar o grupo Faces e permanece com os Stones até hoje.

Sebastian Bach e Corey Taylor foram recusados pelo Velvet Revolver

Antes de lançarem o projeto Velvet Revolver com o hoje falecido Scott Weiland (do Stone Temple Pilots), os então ex-integrantes do Guns n’ Roses Slash, Duff Mckagan e Matt Sorum consideraram, por algum tempo, a possibilidade de ter Sebastian Bach (ex-Skid Row) nos vocais.

Segundo o vocalista, ele chegou a trabalhar com os três por cerca de um mês, escrevendo músicas e gravando demos que acabaram não sendo utilizadas pela banda. Crente de que faria parte do projeto, Sebastian declarou em entrevistas que se surpreendeu com a decisão dos músicos em ter Weiland nos vocais ao invés dele.

Segundo Slash, a decisão de recusar Sebastian aconteceu devido à vontade da banda em se distanciar da sonoridade oitentista e não soar como uma espécie de continuação do Skid Row e do Guns n’ Roses.

O Velvet Revolver lançou dois álbuns de estúdio, mas, em 2008, Scott Weiland deixou o grupo, para retornar ao Stone Temple Pilots. Contudo, por um tempo, Slash, Duff e Sorum consideraram a possibilidade de continuar as atividades da banda sem Weiland, chegando a convidar alguns vocalistas para fazer testes para a vaga. Entre eles, estavam Sebastian Bach (que, ressentido, não compareceu) e o vocalista do Slipknot, Corey Taylor.

A ideia de continuar o Velvet Revolver com outro frontman, porém, não foi para frente. De acordo com Slash, Corey Taylor foi quem “mais chegou perto’’ de conseguir assumir a vaga, mas a brutalidade da voz do cantor não combinava com o que o guitarrista tinha em mente para a banda.

Robert Plant foi recusado pelo The Who

Em 1966, o The Who passou por pesadas brigas internas que levaram o vocalista Roger Daltrey a, simplesmente, não comparecer a vários shows que a banda realizou naquele ano, sem sequer avisar os seus companheiros de trabalho. O grupo, então, tinha que improvisar, colocando o guitarrista Pete Townshend ou o baixista John Entwistle para cantar.

Aos 17 anos de idade, Robert Plant (até então, famoso apenas no underground britânico) esteve na plateia de um desses shows que Daltrey faltou. Após assistir à banda desfalcada, ele foi até os bastidores e se ofereceu para assumir os vocais do The Who, caso o grupo quisesse demitir Daltrey.

Na época, Plant já havia gravado um compacto solo e participado de bandas como o The Band of Joy e o The Crawling King Snakes. Os três instrumentistas do The Who conheciam e gostavam do trabalho do cantor, mas preferiram continuar insistindo em Daltrey – até porque achavam que trocar de vocalista àquela altura poderia interromper a ascensão do grupo (que vinha acontecendo, graças ao álbum de estreia My Generation, de 1965).

Contudo, não demorou muito para Robert Plant se tornar uma lenda da música mundial: apenas dois anos depois de ter sido recusado pelo The Who, ele montou o Led Zeppelin, ao lado de Jimmy Page, John Paul Jones e John Bonham.

Steven Tyler e Myles Kennedy foram recusados por Jimmy Page e John Paul Jones (Led Zeppelin)

Depois de terem feito um antológico show de reunião do Led Zeppelin, em 2007 (que está eternizado no DVD Celebration Day), o guitarrista Jimmy Page, o baixista John Paul Jones e o baterista Jason Bonham (filho do falecido John Bonham) queriam mais. Entretanto, o vocalista Robert Plant estava satisfeito com essa única apresentação e, por isso, recusou todas as propostas de turnê vindas dos três.

O trio, então, teve a ideia de fazer uma turnê sem Plant e iniciou audições secretas com vários vocalistas. Entre eles, estavam Steven Tyler (do Aerosmith) e Myles Kennedy (do Alter Bridge e, hoje, também membro da banda solo de Slash). A ideia, segundo John Paul Jones, não seria excursionar utilizando o nome Led Zeppelin, mas sim montar um projeto novo para celebrar a história da lendária banda. Entretanto, esse supergrupo acabou não saindo do papel, pois nenhum vocalista se encaixou totalmente no que Jimmy Page e John Paul Jones queriam.

Apesar de Page ter alegado que Steven Tyler chegou ‘’despreparado’’ na audição, o vocalista do Aerosmith já declarou que a sensação de ter tocado com dois dos integrantes do Led Zeppelin foi ‘’incrível e inesquecível’’. Myles Kennedy, por sua vez, alegou por vezes que se emocionou durante a sua audição, mas que não guarda boas lembranças de sua performance nela, pois estava muito nervoso e com bronquite no dia do teste.

Aquiles Priester foi recusado pelo Dream Theater

Em 2010, o brasileiro Aquiles Priester já era um dos bateristas mais aclamados do mundo, devido aos seus impressionantes desempenhos tocando com Hangar, Angra, Almah, Paul Di’Anno e outros artistas/bandas de peso. Por isso, ele foi um dos 7 bateristas convidados para fazer audições ao lado do Dream Theater, na época em que a banda americana de metal progressivo procurava um substituto para o virtuosíssimo Mike Portnoy.

Segundo o guitarrista John Petrucci, a decisão de chamar Aquiles para se candidatar à vaga de baterista veio depois que o próprio Portnoy fez comentários positivos a respeito do brasileiro, durante um show em que o Angra abriu para o Dream Theater.

Durante os testes, Aquiles impressionou com a sua habilidade e recebeu elogios de John Petrucci, Jordan Rudess, John Miyung e James Labrie. Entretanto, em determinado momento da música Dance of Eternity , ele cometeu um erro que acabou pesando bastante para que, ao final dos testes, a banda optasse por contratar o americano Mike Mangini (que permaneceu no Dream Theater até o retorno de Portnoy, em 2023).

Apesar de não ter ficado com a vaga, Aquiles já declarou em entrevistas que o fato d’ele ter sido um dos pouquíssimos bateristas convidados para fazer testes para o Dream Theater repercutiu de forma muito positiva em sua carreira.

Os principais momentos dessas audições estão presentes em uma três vídeos documentais disponibilizados no canal de Youtube da banda.

André Matos e Edu Falaschi foram recusados pelo Iron Maiden

Nos últimos anos, contratações como a de Eloy Casagrande no Slipknot (em 2024) e a de Kiko Loureiro no Megadeth (em 2015) provaram que o espaço existente para músicos brasileiros no mercado internacional cresceu bastante. Porém, os vocalistas paulistanos André Matos e Edu Falaschi encararam um cenário bem mais desfavorável, na época em que fizeram testes para tentar entrar no Iron Maiden.

Em janeiro de 1994, a banda inglesa fez um concurso mundial para conseguir um substituto para o vocalista Bruce Dickinson e os dois gigantes do Metal brasileiro chegaram bem longe nessa seleção.

Na época, André já era bastante conhecido nacionalmente e internacionalmente, devido a dois trabalhos gravados com o Viper e ao recém-lançado álbum de estreia do Angra. Edu, por sua vez, ainda era bem menos conhecido do que é hoje, mas já vinha se destacando na cena do metal paulista, à frente da banda Mitrium.

Nesse concurso, tanto André quanto Edu conseguiram passar da etapa de envio de gravações, mas André foi o único latino a ficar entre os cinco finalistas, devido ao seu renome maior e ao seu estilo musical e visual que se encaixava incrivelmente bem dentro da proposta do Iron Maiden.

Assim como os outros finalistas, André fez audições presenciais com Steve Harris, Nicko Mcbrain, Janick Gers e Dave Murray. Entretanto, por mais que o brasileiro tenha impressionado os músicos, o nacionalismo de Steve Harris (líder do grupo) e dos empresários do Iron Maiden falou mais alto e o escolhido para entrar na banda foi o inglês Blaze Bayley – que era um vocalista bem inferior a André (e também a Edu) e, por isso, acabou não agradando a maior parte dos fãs do Iron Maiden, a ponto de ser demitido apenas cinco anos depois de ingressar no grupo.

Em vida, André Matos declarou, várias vezes, que não ficou surpreso com a contratação de Blaze, pois já imaginava que o Iron Maiden era uma banda “britânica demais para recrutar um vocalista latino”.

Em 2011, o próprio Blaze Bayley admitiu, durante uma entrevista dada ao canal Heavy Talk, que André Matos teria feito ‘’muito melhor” do que ele no Iron Maiden.

Michael Bolton foi recusado pelo Black Sabbath

Não, você não leu errado: o cantor de música romântica que dá voz às baladas When a Man Loves a Woman e How Am I Supposed To Live Without You fez sim testes para tentar ingressar no Black Sabbath. Pelo menos é o que afirmou Tony Iommi (guitarrista da banda inglesa), em uma entrevista dada à Gibson TV, em 2020.

Segundo Iommi, as audições aconteceram em 1983, quando o Black Sabbath buscava um substituto para o lendário vocalista Ronnie James Dio. A convite da banda, Michael Bolton foi um dos vários candidatos ao cargo, mas quem ficou com a vaga foi Ian Gillan (que, naquela época, estava afastado do Deep Purple).

A notícia de que Bolton fez audições para entrar em uma banda de Heavy Metal não é tão bizarra quanto inicialmente soa. Afinal, antes da fama como artista solo, o cantor americano se aventurou pelo gênero, ao integrar o grupo Blackjack, de 1979 e 1980. Segundo Iommi, Bolton se saiu muito bem nos testes com o Black Sabbath e chegou perto de assumir os vocais da banda.

Les Claypool foi recusado pelo Metallica

Em 1986, um acidente envolvendo um ônibus que transportava os integrantes do Metallica acabou vitimando o baixista Cliff Burton. Com isso, a banda de metal saiu à procura de um substituto para ele, e Les Claypool (vocalista, baixista e líder do Primus) foi um dos músicos que tentaram a sorte.

Naquela época, o Metallica já era um nome muito estabelecido, devido aos clássicos álbuns Kill ‘Em All (1983), Ride The Lightning (1984) e Master of Puppets (1986), enquanto o Primus existia apenas de forma embrionária e nem havia lançado o seu primeiro álbum. Apesar disso, Les Claypool já era localmente reconhecido por ser um baixista muito técnico e tinha a vantagem de ser amigo do guitarrista Kirk Hammett desde a época de colégio.

Entretanto, o estilo alternativo e groovado de Claypool não combinou com a pegada pesada e crua do Metallica. Segundo o baixista, os integrantes do grupo perceberam facilmente, durante a audição, que ele não estava habituado a tocar aquele tipo de música.

O escolhido para a vaga acabou sendo Jason Newsted, mas Claypool despontou à frente do Primus pouco tempo depois, com o lançamento de Suck on This (1989). Ele é, hoje, aclamado por muitos como um dos melhores baixistas de todos os tempos.

Peter Criss foi recusado por Elton John

No início de 1970, o então desconhecido Peter Criss estava tão interessado em ingressar na banda de Elton John que ele viajou d’os Estados Unidos para Londres, apenas para se candidatar à vaga de baterista. Porém, quem ficou com a vaga foi Nigel Olsson – que era amigo de longa data de Elton e já havia até gravado com o cantor/pianista britânico em duas ocasiões.

Nigel permaneceu acompanhando Elton durante toda a carreira do ‘’Rocket Man’’. Porém, Peter Criss também construiu uma carreira de sucesso: em 1973, o americano se tornou o primeiro baterista do Kiss e, em 1976, ele se notabilizou por ter composto sozinho um dos maiores hits da banda: a balada Beth.

A permanência de Peter Criss no Kiss durou de 1973 a 1980, 1996 a 2001 e 2002 a 2004. Durante esses períodos, ele, além de tocar bateria, também foi o vocalista principal de hits como Hard Luck Woman, Beth e Black Diamond.

Elton John foi recusado pelo King Crimson

Por falar em Elton John… o ‘’Rocket Man’’ também já teve que ouvir um ‘’não’’ de uma banda renomada. Isso aconteceu em 1970, quando ele se ofereceu para gravar os vocais de um álbum do King Crimson.

Na época, a banda de rock progressivo estava sem o vocalista Greg Lake e procurava um substituto para gravar o álbum In The Wake of Poseidon sem o compromisso de ter que fazer uma turnê de divulgação depois. Elton, por sua vez, procurava trabalhos como músico de sessão, pois, apesar de ter dois álbuns de estúdio já lançados (e dois hits incontestáveis: Your Song e Skyline Pigeon), ele ainda não conseguia se sustentar financeiramente apenas com sua carreira solo. Assim, o artista britânico marcou com o guitarrista Robert Fripp um teste de audição para ser o vocalista desse álbum.

Entretanto, esse teste nunca chegou a acontecer. O motivo? Fripp decidiu cancelar o compromisso com Elton após escutar um dos álbuns solo do cantor e chegar à conclusão de que ele ‘’não era adequado para a banda’’. O King Crimson, então, decidiu recrutar Greg Lake de volta, temporariamente, apenas para gravar os vocais de In The Wake of Poseidon.

Curiosamente, antes dessa desistência de última hora motivada pela vontade do guitarrista, a contratação de Elton John já havia sido aprovada por todos os demais membros-chave do King Crimson e o cantor britânico já havia até recebido um cachê adiantado, no valor de 250 Euros. Por contrato, esse pagamento acabou permanecendo com Elton, mesmo após ele ter sido negado por Fripp.

Post Malone foi recusado pelo Crown The Empire

Apesar de ter feito sucesso cantando Pop e Rap, Post Malone possui, desde sempre, uma inclinação muito forte ao rock. Tanto que, em 2010, com apenas 15 anos de idade, ele tentou ser o primeiro guitarrista da banda de metalcore Crown The Empire.

O músico americano foi chamado para se candidatar ao cargo, pois era amigo do vocalista Andy Leo e já havia até integrado uma banda de garagem com ele, anteriormente. Entretanto, durante o teste de audição para o Crown The Empire, uma das cordas da guitarra de Post estourou e ele acabou sendo reprovado, pois não havia levado nenhum instrumento-reserva. Pouco tempo depois, o grupo contratou Brandon Hoover para preencher a vaga.

O Crown The Empire se tornou um nome forte da cena do Metalcore underground, mas Post conseguiu conquistar um público muito maior, devido à sua decisão de fazer um tipo de música mais popular.

Vinnie Paul foi recusado pelo Megadeth

Sabe quando a mãe fala pro filho: ‘’vá, mas leve o seu irmão junto’’?. Pois é… o falecido guitarrista Dimebag Darrell levava essa frase bem a sério. Tanto que, em 1989, ele foi convidado por Dave Mustaine a ingressar no já renomado Megadeth (substituindo Jeff Young) e respondeu dizendo que aceitaria… contanto que o seu irmão Vinnie Paul entrasse na banda junto com ele.

Vinnie era um ótimo baterista, mas, na época, o Megadeth havia contratado, há poucos meses, o músico Nick Menza para esse mesmo cargo. Como Menza vinha fazendo um excelente trabalho na banda, Mustaine se recusou a demiti-lo, negando assim a exigência de Dimebag. Logo, nem Vinnie e nem Dimebag entraram no Megadeth. Ao invés disso, os dois continuaram tentando a sorte dentro da banda que eles mesmos haviam criado: o Pantera.

Na época, o Pantera já existia há 8 anos, sem nunca ter experimentado o sucesso. Porém, isso mudou no ano seguinte, com o lançamento do avassalador álbum Cowboys From Hell (1990). A partir daí, a banda de Vinnie Paul e Dimebag Darrell se tornou uma das mais gigantes de sua época.

O Megadeth, por sua vez, seguiu com Nick Menza por vários anos. Com ele na bateria e Marty Friedman na função que foi oferecida a Dimebag, o grupo lançou álbuns sensacionais como Rust in Peace (1990) e Countdown to Extinction (1992). Todo mundo saiu ganhando.

Marty Friedman foi recusado por Ozzy Osbourne

Após Jake E. Lee deixar a banda solo de Ozzy Osbourne em 1987, o ex-vocalista do Black Sabbath decidiu convidar vários guitarristas para testes de audição. Entre eles, estava Marty Friedman (que, três anos depois, viria a se tornar guitarrista do Megadeth), mas quem o ‘’Príncipe das Trevas’’ escolheu para a sua banda foi Zakk Wylde (músico que permanece, até hoje, como um fiel escudeiro de Ozzy).

Apesar de Wylde ser um guitarrista exímio, Friedman já declarou que acredita que perdeu a vaga para ele devido a questões visuais. O ex-Megadeth alega que compareceu à audição para a banda de Ozzy trajando apenas uma camiseta neutra e uma calça jeans, enquanto o seu concorrente chamou muito mais a atenção de todos por exibir um visual digno de um Rockstar (que, aliás, é mantido por Wylde até os dias de hoje).

Andreas Kisser foi recusado pelo Metallica

Em 1992, o vocalista e guitarrista James Hetfield, do Metallica, sofreu queimaduras profundas de segundo grau em sua mão esquerda, após ser atingido pela pirotecnia de seu próprio show. Assim, ele ficou temporariamente impossibilitado de tocar guitarra enquanto cantava e o Metallica foi obrigado a procurar um guitarrista que realizasse, por um tempo, as partes de Hetfield nos shows.

Andreas Kisser (guitarrista do Sepultura) foi um dos músicos que se candidataram ao posto de guitarrista temporário do Metallica. Assim como todos os demais guitarristas que participaram do processo de seleção, o brasileiro estava lá a convite da própria banda americana.

Durante as audições, Andreas tocou Enter Sandman, The Shortest Straw, One e Nothing Else Matters ao lado de James Hetfield, Kirk Hammett, Lars Ulrich e Jason Newsted. Ele foi um dos dois finalistas na disputa pela vaga, mas perdeu a gig para John Marshall (da banda Metal Church). Apesar disso, o membro do Sepultura descreve a experiência de tocar com o Metallica como ‘’uma das melhores de sua vida” e diz que ‘’fica arrepiado só de lembrar que isso aconteceu”.

Elvis Presley foi recusado pelo The Songfellows Quartet

Como bem demonstrou a cinebiografia Elvis (de 2022), a Música Gospel fascinava Elvis Presley e foi importantíssima na formação musical do cantor. O que poucos sabem é que, em 1954, ele chegou a fazer teste para ingressar em um grupo voltado a esse gênero.

O grupo em questão era o The Songfellows Quartet – um quarteto de Memphis que havia acabado de perder dois de seus integrantes para um acidente de avião fatal. Como Elvis gostava da discografia deles e era amigo de todos os membros do grupo (a ponto de ter comparecido no velório das duas vítimas), ele se ofereceu para ocupar uma das vagas disponíveis.

Entretanto, no teste de audição, o cantor foi reprovado, pois não conseguia contribuir positivamente com as harmonias vocais que o grupo fazia, mesmo se saindo bem nos momentos em que cantou sem a presença das outras vozes.

Apesar disso, naquele mesmo ano, a carreira solo do ‘’Rei do Rock’’ começaria a despontar, com o lançamento dos primeiros compactos que ele havia gravado para a Sun Records. Anos depois, quando Elvis já era um dos artistas mais famosos do mundo, o The Songfellows Quartet voltou atrás e ofereceu uma vaga para ele, mas o cantor recusou a proposta, devido à sua agenda caótica.

Bônus: Dua Lipa foi recusada pelo Coral de sua escola

Esse caso entra na lista como um bônus, pois Dua Lipa não estava fazendo teste para ingressar em um grupo profissional, mas sim no Coral de sua própria escola. Essa história foi contada pela cantora durante uma entrevista concedida à Youtuber Trixie Marttel: aos 9 anos de idade, Dua Lipa foi motivo de risadas

generalizadas vindas de seus colegas de escola, após ela não conseguir alcançar uma alta extremamente alta tocada ao piano pelo professor que coordenava o Coral. Nesse dia, Dua foi recusada, mas, pouco depois disso, ela começou a frequentar aulas de canto e descobriu que, diferente de cantoras como Demi Lovato e Christina Aguilera, a sua extensão vocal se enquadra na de uma Mezzo-Soprano.

Ao aceitar a sua classificação vocal mais grave, Dua passou a trabalhar melhor a própria voz, respeitando a sua zona de alcance. Hoje, ela é uma das maiores artistas do Pop mundial.

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