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A turnê de reunião do Forfun é uma das mais imperdíveis do ano, e nós vamos contar o porquê

Em julho deste ano, Danilo Cutrim (Voz/Guitarra), Vitor Isensee (Voz/Teclados) e Nicolas Fassano (Bateria) dividiram palco com o baixista/vocalista Rodrigo Costa pela primeira vez desde dezembro de 2015. Isso porque, seguindo a grande onda de comebacks recentes do Rock nacional (encabeçada por bandas como Titãs, NX Zero, Restart e Rancore), o quarteto carioca Forfun iniciou a sua turnê de reunião, intitulada NÓS.

Nesses quase 9 anos em que o grupo ficou sem fazer shows, Danilo, Vitor e Nicolas tiveram alguns projetos solo, mas nunca deixaram de tocar juntos: ao lado do baixista Pedro Lobo, eles montaram a bem-sucedida banda Braza e lançaram os ótimos trabalhos de inéditas Braza (2016), Tijolo por Tijolo (2017), Liquidificador (2018), Francisca La Brasa (2018) e Eita (2022), que mantiveram a altíssima qualidade e as fortes influências de Reggae, Dub e Rap apresentadas nos três últimos álbuns do Forfun. Porém, o trio de músicos nunca encarou essa nova empreitada como uma continuação do grupo que eles haviam integrado anteriormente, mas sim como um projeto musical com brilho próprio. Por esse motivo, mesmo com a cobrança de muitos fãs saudosos, os setlists do Braza nunca incluíram canções do Forfun.

A decisão foi acertada, não apenas por ter ajudado a promover o excelente repertório próprio do Braza, mas também pelo fato de que, sem Rodrigo Costa, o time de músicos que formam a essência do Forfun fica incompleto. Afinal, além de tocar baixo e dividir vocais com Danilo e/ou Vitor em quase todas as músicas, Rodrigo também é compositor de boa parte dos sucessos lançados pela banda (entre eles, o clássico Morada – inteiramente composto e cantado por ele).

Em 2015, a separação entre Rodrigo e o restante do Forfun aconteceu por desentendimentos internos. Porém, em uma entrevista recente dada a Diogo Defante, os quatro artistas garantiram que, hoje, a convivência entre eles está ótima e os conflitos do passado estão todos resolvidos.

Assim, nesse clima de maior camaradagem, uma reunião do quarteto pôde, finalmente, acontecer. Pela primeira vez em mais de 8 anos, Rodrigo, Danilo, Vitor e Nicolas estão tocando juntos Morada, História de Verão, Sol ou Chuva, Cosmic Jesus e vários outros sucessos que marcaram uma geração. O generoso setlist de 32 músicas que vem sendo apresentado na turnê é daqueles feitos para nenhum fã botar defeito: ele contempla todos os cinco álbuns de estúdio do Forfun, indo do Pop Punk de Das Pistas de Skate às Pistas de Dança (2003) e Teoria Dinâmica Gastativa (2005) até a pegada alternativa de Polisenso (2008), Alegria Compartilhada (2011) e Nu (2014).

Até o momento, a turnê NÓS já passou por Florianópolis, Vitória, Brasília e Belo Horizonte, mas ainda vai seguir por mais quatro meses, com shows em Porto Alegre (ainda sem data), Salvador (28/07), Recife (02/08), Fortaleza (03/08), São Paulo (09/08), Curitiba (16/08), Santos (17/08) e Rio de Janeiro (23, 24 e 25/08; 23/11). Entretanto, o comunicado inicial é de que esta excursão não se trata de uma volta definitiva do Forfun, mas sim de uma reunião temporária: ao final de novembro, o quarteto deve se separar novamente, para que Danilo, Vitor e Nicolas deem continuidade ao Braza. Existe sim a possibilidade dos músicos mudarem de ideia (assim como fizeram grupos como Planet Hemp, Ira! e Rancore, em suas respectivas reuniões) e decidirem manter, paralelamente, os dois projetos em atividade de forma fixa, mas, hoje, o cenário mais provável é o de que o Forfun vá demorar bastante para voltar aos palcos, após o fim dessa turnê.

Porém, tanto os quatro artistas quanto os fãs do grupo parecem estar mais interessados em viver o presente do que em falar sobre o futuro. Nos próximos meses, o que importa é aproveitar o retorno (temporário ou não) de uma das bandas de rock brasileiras mais influentes do século 21. Para Rodrigo, Danilo, Vitor e Nicolas, essa série de shows, além de ser uma celebração à discografia do Forfun, é também um triunfo da amizade e da tolerância entre pessoas com pensamentos diferentes. Para o público que acompanha o trabalho do quarteto, ela é uma verdadeira dádiva aguardada ansiosamente há quase uma década.

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