Conheça Ashnikko: a rainha do Halloween e nome de destaque do pop alternativo

Com enorme autenticidade e criatividade, Ashnikko chegou na indústria musical abrindo espaço para novas experiências, buscando mostrar toda a sua personalidade e espírito livre através de estéticas relacionadas ao Pop Punk. Suas letras frequentemente abordam temas de empoderamento, feminismo e sexualidade com uma atitude desafiadora e irreverente. Na fusão de diversos gêneros, incluindo pop, rap, hip-hop e eletrônica, também carregando forte influência de artistas como M.I.A., Grimes e Die Antwoord, a cantora já construiu uma carreira cheia de hits que provavelmente você já ouviu por aí.

Ashnikko é o nome artístico de Ashton Nicole Casey que nasceu em 19 de fevereiro de 1996, em Oak Ridge, Carolina do Norte, EUA. Ela cresceu nos Estados Unidos, mas também viveu na Letônia durante sua adolescência, onde começou a se interessar seriamente por música. Ashnikko se mudou para Londres aos 18 anos para seguir com sua carreira musical. Inicialmente, ela lançou alguns mixtapes e EPs como Sass Pancakes (2017), mas foi com o EP Hi, It’s Me (2019) que ela começou a ganhar popularidade. Nesse mesmo ano, seu single Stupid, em colaboração com Yung Baby Tate, se tornou viral no TikTok, fazendo com que essa popularidade crescesse rapidamente, ajudando a impulsionar sua carreira para o mainstream e consolidando sua presença nas redes sociais e em plataformas de streaming.

Com isso, Ashnikko conseguiu conectar a sua músicas com diversos perfis de fãs, mas principalmente aqueles que apreciam um som alternativo e um tanto macabro. Sua imagem e música têm forte ligação com temas sombrios, refletidos em sua afinidade com o Halloween. Um dos seus primeiros singles, Halloweenie (2018), foi dedicado ao feriado, mesclando a essência provocativa de Ashnikko com referências clássicas da data. O feito se tornou uma tradição quase anual para ela, que a partir daí lançou uma série de canções temáticas, sendo elas Halloweenie II: Pumpkin Spice (2019), Halloweenie III: Seven Days (2020), Halloweenie IV: Innards (2021) e Halloweenie V: The Moss King (2023). Além disso, as letras e temáticas das músicas da cantora muitas vezes tocam em tópicos como empoderamento através de figuras mitológicas e o uso de metáforas que evocam imagens de bruxas, monstros e criaturas sobrenaturais.

Essa temática musical é acompanhada do estilo visual único de Ashnikko, que se derrama em acessórios góticos, roupas ousadas e cabelos com cores e penteados nada convencionais, detalhes esses que consolidaram a imagem da cantora, consequentemente a tornando única e inigualável. Em 2021, ela lançou seu primeiro álbum de estúdio, Demidevil, que foi bem recebido tanto pelo público quanto pela crítica. O álbum inclui faixas populares como Daisy, Cry (ft. Grimes) e Deal With It que reforçam sua imagem de artista audaciosa e inovadora. O álbum foi originalmente programado para ser lançado em 2020, mas acabou sendo adiado devido a problemas de produção relacionados à pandemia.

Nesse período, Ashnikko, como muitos outros artistas, enfrentou desafios e mudanças significativas em sua carreira e vida pessoal, justamente por conta do reconhecimento que acabara de ganhar. No entanto, ela encontrou maneiras criativas de se manter conectada com seus fãs e continuar a produzir arte. A pandemia deu a Ashnikko tempo para focar em sua música e explorar novos temas e estilos. Ela usou o período de isolamento para escrever e compor, resultando em canções que refletem tanto seu senso de humor quanto suas reflexões sobre o mundo em meio ao caos. Sua música Panic Attacks in Paradise (2021) explorou esses sentimentos de ansiedade e isolamento, temas que muitos puderam relacionar durante a pandemia, resultando em uma obra mais intimista e transparente, emocionalmente falando.

A cantora coleciona diversas colaborações e remixes de sucesso que contribuíram para a criação da sua identidade no ramo musical. Mas o destaque aqui vai parar L8r Boy (2021) que reimagina a narrativa de Sk8er Boi, canção de Avril Lavigne, um clássico dos anos 2000. A versão de Ashnikko explora temas de superação e empoderamento, mantendo o espírito rebelde e despreocupado da música original, mas com um toque mais ousado e provocativo, e claro, com uma batida muito mais hip-hop da coisa. A canção foi bem recebida pelos fãs de Ashnikko, especialmente aqueles que também eram fãs de Avril Lavigne, se tornando uma homenagem inteligente e nostálgica.

Como forte ativista das causas feministas e LGBT, Ashnikko destaca pautas importantes de forma descontraída e provocante, trazendo à tona toda a raiva pela repressão em forma de letras ousadas e batidas contagiantes. A cantora já se apresentou em diversos festivais internacionais importantes, incluindo o Reading and Leeds Festival no Reino Unido e suas performances ao vivo são conhecidas por serem enérgicas e visualmente impactantes. Não foi diferente na sua primeira visita ao Brasil no festival Lollapalooza, em março de 2022, onde sua apresentação deu o que falar pelo alto teor frenético.

Ashnikko volta a se apresentar por aqui, dessa vez em show solo, trazendo a WEEDKILLER TOUR, referente ao seu último lançamento, o álbum WEEDKILLER (2023) que inclui canções populares como Cheeleader e You Make Me Sick!. As apresentações acontecerão nos dias 8 e 9 de outubro, em São Paulo (Audio) e no Rio de Janeiro (Sacadura 154), respectivamente. Agora não tem desculpa, é só aproveitar essa playlist totalmente selecionada pela Mood e curtir esse som de arrepiar! Booh!