O Forfun fechou neste sábado (7) a turnê “Nós”, que celebrou o retorno da banda após quase 10 anos, em uma série de shows pelo país. Com a data original adiada e o local transferido do Estádio Nilton Santos (Engenhão) para a Praça da Apoteose, os quatro amigos reuniram uma multidão para um até logo especial, com direito à gravação de DVD.
Organizado pela produtora 30e, o evento também contou com bandas que marcaram o movimento riocore e cresceram junto com o Forfun, sendo elas, Darvin, Dibob e Scracho, que tocaram anteriormente neste pequeno festival. Na abertura, o conhecido nome Diogo Defante também se apresentou com seu bom humor e irreverência.
O show foi um espetáculo. Com mais de 3 horas de duração, Danilo Cutrim, Rodrigo Costa, Nicolas Christ e Vitor Isensee estavam dispostos a ir ao limite para entregar seu máximo, superando até mesmo uma forte cãibra como foi relatado no bis final do show pelo baterista Nicolas.
Começando com tudo, Hidropônica e Good Trip abriram o set e diversas rodinhas já se formaram por todo público, que compareceu em excelente número. Na sequência, um intercalado de músicas do álbum “Polisenso” e “Alegria Compartilhada” trouxeram momentos dançantes e introspectivos. Dia do Alivio, Suave, Quando a Alma Transborda, Minha Joia, Sol e Chuva, Largo dos Leões. Enfim, um repertório gigantesco que foi utilizado sem moderação.
Nas apresentações anteriores, Valer a Pena e 4 A.M haviam entrado na parte acústica do show. Desta vez, foi diferente. Mantiveram a pegada acelerada do hardcore, com um instrumental pesado e amplificado por um sistema de som de qualidade que se espalhou por toda Apoteose. Foi pura nostalgia reviver essas relíquias do tão querido álbum Teoria Dinâmica Gastativa que esteve presente em massa. Cara Esperto, Terra do Nunca, Costa Verde, Constelação Karina, teve de tudo.
Diretamente do Teoria Dinâmica Gastativa, Constelação Karina elevando todas as energias nas estrelas
— Moodgate ⚡️ (@Moodgate_) December 8, 2024
SHOW ABSURDO!!! ✨🤘🏼 pic.twitter.com/OIJGo1Sc1G
Já na versão acústica, destaque para Coisa Pouca, O Melhor Bodyboarder da Minha Rua e Eremita Moderno, versões que funcionaram muito bem com esse tipo de arranjo.
Com um setlist extenso, não teve como faltar nada. Nem as raras músicas Vou em Frente e Minha Formatura do primeiríssimo cd demo da banda Das Pistas de Skate às Pistas de Dança, que grande parte das faixas deu origem ao TDG.
Caminhando para o final, chegou a hora das participações especiais. Pegando todos de surpresa, Di Ferrero sobe ao palco para performar Siga o Som em um momento enérgico e alucinante. Depois, em Gruvi Quântico o cantor Xamã chega fazendo um freestyle improvisado e fazendo excelente e empolgante participação na música.
Pra finalizar, História de Verão cantada com a letra da primeira versão – só quem é das antigas lembrou dessa – lavou a alma da galera em um misto de emoção, alegria, cansaço e muito suor, afinal, que calor absurdo fez no Rio de Janeiro.