Eloy Casagrande revela os segredos por trás de sua máscara no Slipknot

Eloy Casagrande, atual baterista do Slipknot e ex-integrante de bandas icônicas como Sepultura e Gloria, revelou detalhes significativos sobre a máscara que utiliza como membro da lendária banda de metal dos Estados Unidos. O acessório carrega simbolismos que homenageiam a cultura brasileira e prestam tributo a Joey Jordison, baterista original do grupo liderado por Corey Taylor.

Durante sua participação no podcast Modern Drummer, o músico de 33 anos contou como a máscara foi idealizada em colaboração com Shawn “Clown” Crahan, um dos fundadores do Slipknot. “Fiz a máscara com o Clown. A primeira coisa que ele me perguntou no começo foi se poderia ser branca. A ideia era trazer de volta a memória de Joey e respeitar seu legado. E eu sugeri as linhas pretas para lembrar os povos indígenas brasileiros. Isso traz comigo o povo brasileiro, a cultura brasileira. Mas a expressão facial da máscara foi criada pelo Clown. Ele estava me observando tocando sem a máscara e disse: ‘é assim que você fica quando está tocando as músicas do Slipknot, então, vamos colocar isso na sua máscara’.”, explicou Eloy.

A expressão facial da máscara também foi desenhada por Clown, que se inspirou diretamente na performance de Eloy durante os ensaios. “Ele me observou tocando sem a máscara e disse: ‘É assim que você parece quando toca as músicas do Slipknot. Vamos levar isso para a máscara.’”

Foto: Divulgação/Instagram

Outro detalhe marcante do design é o buraco de bala no centro da testa da máscara, que carrega uma história pessoal e profunda de Eloy. O baterista revelou que a ideia veio de um evento traumático ocorrido em São Paulo.

“Eu vim com a ideia do buraco de bala. Dois anos atrás, fui assaltado em São Paulo. Eu estava andando no meu bairro, eram 9 da manhã, eu estava indo para a academia quando dois caras em motos me pararam, colocaram uma arma na minha cabeça e me pediram para dar a eles meu celular e minha mochila. Isso foi algo que de alguma forma mudou muita coisa dentro de mim. E eles decidiram não atirar. Então eu tive sorte.”

Segundo Eloy, o buraco de bala também simboliza uma filosofia de vida que ele carrega no palco: “É sobre a sensação de que você pode gostar ou odiar o que eu faço, mas não tenho nada a perder. Eu já estou morto. Essa liberdade me inspira de uma forma única.”

Com uma mistura de cultura brasileira, homenagens à história do Slipknot e reflexões pessoais, a máscara de Eloy Casagrande reforça não apenas sua identidade como artista, mas também a força de sua narrativa dentro de uma das maiores bandas de metal do mundo.