Em noite de nostalgia e novidades, Fresno e CPM 22 animam a zona leste de São Paulo

Nessa sexta-feira, 13 de fevereiro, o ginásio do Juventus, na Mooca, foi palco de uma noite marcada por muita nostalgia, emoção e uma energia contagiante. Duas das maiores bandas do rock nacional, Fresno e CPM 22, trouxeram para o público da zona leste paulistana a combinação perfeita entre o passado e o presente: uma mistura homogênea de sucessos antigos com as novidades de novos trabalhos.

A Fresno abriu a noite com característica  intensa, que tem conquistado gerações de fãs nos últimos anos. A banda mostrou não só os grandes momentos de um passado não tão distante que seus fãs amam e esperam, mas também apresentou músicas de “Eu Nunca Fui Embora”, seu mais recente trabalho. 

A plateia se entregou, cantando junto e revivendo os clássicos, enquanto se encantava com as novas faixas, que mantiveram a intensidade e a melodia que fazem a banda se destacar no cenário recente.

Por outro lado, o CPM 22 se distanciou um pouco do sentimentalismo inerente dos companheiros e fez o público explodir em caos, com performance visceral que mistura punk, hardcore e refrões melódicos que não saem da memória. Divulgando o ótimo “Enfrente”, o show foi um caldeirão de hits entre momentos de pura adrenalina e momentos de crítica, equilibrando o sucesso dos clássicos com a sonoridade refinada do novo álbum. 

O CPM 22 respeita profundamente suas origens e não se entrega ao mercado viciado em algoritmos. O novo trabalho, inclusive, reitera a verdade do grupo e escreve um novo (e bom) capítulo na discografia. 

A noite no Juventus se transformou em uma verdadeira celebração do rock nacional anos 2000. 

Ambas as bandas entregaram um show redondinho, onde a renovação teve protagonismo, mesmo sem nunca perder o contato com a energia e identidade que tornaram os dois grupos em grandes nomes da cena. 

O sucesso de seus lançamentos mais recentes reflete o entendimento das próprias fanbases, que sabem como cativar novas gerações ao mesmo tempo que resgata memórias afetivas de quem acompanha o rock do Brasil há um pouco mais tempo.

Em quase 4h de muito som, duas das maiores bandas do Brasil mostraram que a música, ao mesmo tempo que se reinventa, sabe manter acesa a chama do que um dia já foi prioridade. Sorte dos fãs.