Far From Alaska diz um “até logo” enérgico no Basement Cultural em Curitiba

Nessa sexta-feira, 21 de fevereiro, o Basement Cultural, em Curitiba, foi palco para uma noite empolgante, com diversos nomes da cena alternativa brasileiro. As bandas que compartilharam a noite no local contribuíram para criar uma atmosfera fantástica, indo desde o etéreo até o stoner puro. Para quem tem a curiosidade sobre como são aqueles porões clássicos que bandas punk e alternativas se apresentam, a casa de shows proporciona a experiência perfeita.

Com paredes de tijolos à vista e chão de cimento queimado, colocar os pés no espaço é um convite direto à atmosfera das sonoridades mais rebeldes e fora da normativa. Tudo parece ter sido pensado para que os ouvintes tenham a melhor vivência, com bar e banheiros acessíveis e um espaço amplo para acomodar todo mundo que quiser transcender ou bater cabeça.

Entre trilha sonora de novela da Globo, passando por Lollapalooza e recebendo elogios até de Shirley Manson, da banda Garbage, o Far From Alaska conquistou o Brasil graças à inovação e autenticidade. O conjunto formado por Emmily Barreto, Rafael Brasil e Cris Botarelli completa 13 anos de trajetória em 2025 e, com isso, saíram na turnê Pause para dar a volta pelo Brasil. Como o nome sugere, essa é uma turnê de “despedida temporária”, para que os integrantes possam focar em seus respectivos projetos pessoais.

Os shows são uma oportunidade para os fãs da banda prestarem suas homenagens antes do futuro retorno que, segundo eles, será marcado pelo lançamento de um novo álbum. E foi exatamente isso que eles fizeram no Basement Cultural, num espetáculo que parecia muito um tête-à-tête entre velhos amigos. A energia e simpatia da banda foram com certeza um dos pontos mais altos da noite, e contribuíram para manter a energia lá no alto durante toda a apresentação.

O Far From Alaska conta com um repertório muito vasto, muito porque já trabalharam com diversos nomes gigantes da música nacional: Lenine, Capital Inicial, Fresno e Yung Buda são só alguns exemplos. Entre os diversos hits, como Flamingo, Politiks e Pig, Emmily e Cris não pouparam esforços para garantir o entrosamento com a galera, que respondia por si e também fazia questão de iniciar os próprios papos.

Alguns dos pontos altos foram as músicas citadas, bem como Thievery, How Bad Do You Want It, Good Part e Iron Zion Lion. O vocal de Emmily é irretocável, além da cantora conseguir balancear bem os versos mais guturais e suaves, principalmente quando canta algum dueto com Cris. Já o Rafa, na guitarra, também protagonizou diversos momentos de tirar o fôlego quando presenteava a plateia com algum riff mais rasgado ou até mesmo um solo aqui ou ali.

O encerramento ficou por conta da música Cobra, que além de levar o público a loucura, também serviu para fechar com chave de ouro uma apresentação que encantou até mesmo quem ainda não os conhecia. E é justamente essa junção autêntica que os membros do Far From Alaska proporcionam que eleva o conjunto a outro patamar.