Lollapalooza 2025: Com tradicional chuva, festival entrega primeiro dia animado com Inhaler, Girl in Red, Olivia Rodrigo e mais

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Festivais e Shows
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A edição de 2025 do Lollapalooza Brasil começou de forma muito especial para a Moodgate, que completa três anos neste mês de abril. E, nesta sexta-feira (28), no Autódromo de Interlagos, o primeiro dos três dias de festival começou com muita emoção, chuva e um lindo arco-íris.

Como de praxe e já previsto no cronograma do Lollapalooza, não rolou Pix para o Cacique Cobra Coral, e a chuva, juntamente com o risco de raios, impactaram a programação, que contou com Olivia Rodrigo como headliner do Palco Budweiser, além de shows de Rüfüs Du Sol, Jão, Inhaler e Girl in Red. Mas o atraso de uma hora no programa não diminuiu as expectativas de quem os aguardava.

Chuva, lama e atrasos

O festival enfrentou desafios logo no início. Com risco de raios, os shows de Jovem Dionísio e MC Kako foram interrompidos, e o evento precisou ser paralisado por mais de uma hora. A pausa afetou a programação e gerou atrasos, mas o público permaneceu firme, enfrentando a lama e os caminhos escorregadios entre os palcos. Mesmo com grandes desafios de travessia, todos os shows desta sexta-feira ficaram totalmente lotados.

A diversidade de estilos do primeiro dia trouxe um toque especial e diferente para um festival já conhecido por seu lineup eclético. Um dos destaques foi a forte presença de pais acompanhando seus filhos mais novos, que vivenciaram a experiência do evento pela primeira vez. O fenômeno pode ser considerado como um grande ponto positivo da curadoria, que selecionou os artistas desta edição e apostou nos queridinhos da geração Z para, com isso, atrair um novo público ainda mais diversificado — muitos dos quais, sem dúvida, irão querer retornar em futuras edições.

Inhaler

Nem a chuva inesperada conseguiu derrubar o Inhaler. A banda irlandesa foi a primeira a subir ao palco Samsung Galaxy após o temporal que atingiu o Autódromo de Interlagos, encarando o desafio com segurança e muita energia. Liderado por Elijah Hewson, filho de Bono do U2, o grupo mostrou que vai muito além do sobrenome famoso, entregando um indie rock autêntico e empolgante. E como se fosse uma cena planejada, ao final da apresentação, o sol apareceu, trazendo junto um arco-íris – quase como se os leprechauns irlandeses tivessem dado sua bênção ao show.

O público, composto por fãs da banda, curiosos, admiradores do U2 e até quem aguardava o cantor Jão, permaneceu firme na chuva, provando que o som do Inhaler já conquistou seu espaço. Com um set curto, mas impactante, a banda apresentou faixas do recém-lançado Open Wide, incluindoYour House, Billy (Yeah Yeah Yeah) e It Won’t Always Be Like This, encerrando com seu maior hit, My Honest Face.

Girl in Red

Nem a chuva, nem a infecção na garganta impediram Girl in Red de brilhar no Lollapalooza 2025. Com 50 minutos de atraso devido à paralisação do festival, a norueguesa subiu ao palco sob um arco-íris, arrancando risadas ao dizer: “Os deuses gays estão conosco hoje. Deus é gay.”

Foto: Fernanda Lima (Moodgate)
Foto: Fernanda Lima (Moodgate)
Foto: Fernanda Lima (Moodgate)

Mesmo com a voz falhando, Marie Ulven entregou um show carismático e energético, conquistando tanto seus fãs quanto quem estava ali por Olivia Rodrigo. Hits como We Fell in Love in October e I Wanna Be Your Girlfriend arrancaram coros do público, e até quem não a conhecia se rendeu ao pedido da cantora para pular no refrão de Dead Girl in the Pool. No fim, a cantora provou que seu indie-pop sincero tem espaço garantido no coração do festival.

Empire of the Sun

Empire of the Sun transformou o festival em uma experiência sensorial única. O duo australiano trouxe um show psicodélico repleto de luzes neon e visuais ultracoloridos, flertando com a sinestesia. Entre os momentos mais impactantes, Walking on a Dream, um grande hit no TikTok, trouxe o público para perto da dupla. Mas o verdadeiro encanto estava na energia envolvente do espetáculo, que foi muito além dos sucessos virais. Cada detalhe, desde a maquiagem extravagante até os adereços dos bailarinos, parecia feito para transportar a audiência para uma jornada psicodélica.

Foto: Fernanda Lima (Moodgate)
Foto: Fernanda Lima (Moodgate)
Foto: Fernanda Lima (Moodgate)

Com visual teatral e performance intensa, o duo demonstrou que seu potencial ao vivo vai muito além de ser apenas um sucesso viral. A mistura de música eletrônica com uma estética psicodélica, aliado a um show cinematográfico, transformou o palco em uma experiência multisensorial. Entre dançarinos com looks surrealistas e uma atmosfera de viagem alucinógena, a apresentação não apenas resgatou o passado, mas também reafirmou o legado da dupla como uma das mais criativas do cenário eletrônico atual.

Rüfüs Du Sol

Com seu show no palco Samsung Galaxy, o trio australiano Rüfüs Du Sol misturou luzes cintilantes e batidas emotivas que invadiram o lamaçal que ficou, transformando a pista de dança em um cenário futurista. Mesmo com o público com os pés escorregadios, a energia da apresentação não diminuiu, e a dança contida acompanhou as melodias suavemente hipnóticas da banda.


O ponto culminante da noite foi, sem dúvida, o momento em que oa audiência assumiu o vocal de Innerbloom, entoando a letra com fervor. Rüfüs Du Sol, com sua combinação de sintetizadores etéreos e batidas emotivas, conseguiu criar uma atmosfera singular para aproximar o show de algum tipo improvisado de ritual coletivo. Mesmo com o clima caótico causado pela lama, o trio soube entregar uma performance impecável que vai ficar na memória de todos os presentes.

Olivia Rodrigo

A grande estrela da noite e um verdadeiro ídolo para a geração mais jovem, Rodrigo provou seu lugar de destaque no palco ao dominá-lo com uma energia contagiante e muita presença, o que conquistou até mesmo os mais céticos. Apesar de algumas críticas sobre sua performance vocal ao vivo vindas de parte dos espectadores, nada desqualifica o show da californiana, que apresentou uma setlist completa de hits e faixas como Drivers License. Nesses momentos, ficou nítido o quanto sua voz conseguia ser suprimida pela multidão, que entoou cada verso com muito entusiasmo. Entre coreografias, provocações e risadas, Olivia reafirmou seu status de headliner, entregando um show emocionante, repleto de momentos de diversão e até algumas lágrimas.

Abrindo com Obsessed, a cantora envolveu bastante os fãs que lotaram o festival e estavam dispostos a tudo para vê-la de perto. Mesmo com alguns deslizes vocais, a popstar fez questão de se conectar com seu público, levando a multidão à loucura com a reinterpretação de seus sucessos. Encerrando com Get Him Back, Olivia selou sua primeira visita ao Brasil com uma performance vibrante, show lotado e memorável, provando que é uma estrela em ascensão que só irá prosperar com o tempo.

Para conferir ainda mais detalhes específicos sobre as performances de Olivia Rodrigo, Jão e Dead Fish, basta clicar aqui.