Olivia Rodrigo encanta plateia no Lollapalooza 2025, mas deixa expectativas mistas ao vivo

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Olivia Rodrigo foi, sem dúvida, a grande estrela do primeiro dia do Lollapalooza Brasil 2025, realizado nesta sexta-feira (28) no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. A cantora de 22 anos, que fez sua estreia no Brasil com show em Curitiba, trouxe a sua turnê GUTS World Tour (Spilled) para o território nacional e, pela primeira vez na carreira, cantou em um estádio, Com sua energia contagiante e presença magnética, levou o público ao delírio ao encerrar o primeiro dia do evento.

A apresentação de Olivia, com cerca de 1h30 de duração, foi um dos momentos mais aguardados da noite, especialmente após uma série de atrasos causados pela forte tempestade e risco de raios que interromperam shows anteriores. Quando finalmente subiu ao palco às 22h20, a artista iniciou com a enérgica Obsessed e logo conquistou o público com sua atitude vibrante e provocadora. Ela se entregou ao show do começo ao fim, pulou, se jogou no palco e se conectou instantaneamente com a plateia, principalmente com as jovens fãs que lotaram o espaço, muitas delas acompanhadas pelos pais.

A cantora conseguiu traduzir para o palco a energia de seus dois álbuns, Sour e Guts, trazendo sucessos como Drivers License e Get Him Back, que foram entoados por um público emocionado e envolvida. O público, muitas vezes formado por mais jovens que muito provavelmente estão indo ao festival pela primeira vez, cantava e pulava ao som de seus hinos de rebeldia e coração partido, criando um ambiente de pura diversão e empatia.

Entretanto, a execução ao vivo de algumas canções evidenciou algumas limitações vocais que, em alguns momentos, destoaram da força que suas gravações de estúdio transmitem, embora Olivia possua uma habilidade notável para transmitir emoções intensas em suas músicas. Vale ressaltar, no entanto, que Olivia está ainda trilhando um novo percurso na sua carreira, sendo esta inclusive sua primeira vez como headliner encabeçando grandes festivais ao redor do mundo. Dentre as críticas espalhadas nas redes sociais por quem assistia remotamente, as variações de tom da californiana foram caracterizadas como “forçadas”, além da falta de fôlego para acompanhar os pulos e coreografias da performance. Mesmo assim, apesar do sucesso estrondoso desde o lançamento de seu primeiro disco, a evolução técnica de Olivia é notável, o que sugere ainda mais progresso no futuro.

A energia da cantora e a conexão com seus fãs foram fatores que compensaram essas falhas técnicas. Olivia, com sua presença irreverente e autêntica, reafirmou seu status de ídolo da geração Z. Ao longo do show, ela também se mostrou simpática e interativa, fazendo questão de agradecer ao público e até exibindo uma plaquinha escrita “São Paulo, te amo”, reforçando sua relação calorosa com os fãs brasileiros.

Carismático o suficiente para compensar as imperfeições técnicas, o show de Olivia foi definitivamente marcante para o primeiro dia do festival, deixando uma forte impressão positiva acerca de sua trajetória artística. Mesmo aos 22 anos, a estadunidense, que se agarra fortemente em suas diversas influências, demonstra uma identidade sólida e bom direcionamento em seus projetos, enquanto, nos palcos, constantemente impressiona o público com sua entrega.