Lançada em 1968 no álbum Beggars Banquet, Sympathy For The Devil é uma das músicas mais icônicas dos Rolling Stones, e também uma das mais controversas. Com referências diretas ao Diabo e passagens históricas marcantes, a faixa gerou diversas interpretações ao longo das décadas.
A ideia da letra surgiu quando Marianne Faithfull presenteou Mick Jagger com o livro O Mestre e Margarida, do escritor russo Mikhail Bulgakov. Na obra, o Diabo é retratado como um homem sofisticado, de gostos refinados e cercado de luxo — uma figura que inspirou Jagger a compor o personagem central da canção.
Inicialmente, o título da música seria “The Devil Is My Name”. Mas, durante o processo criativo, a canção passou por transformações. “As músicas podem evoluir. Começou como uma balada folk e acabou virando um samba intenso, cheio de energia. Ela foi se moldando até se tornar algo completamente novo”, contou Jagger em entrevista ao Song Facts. “É uma faixa cheia de referências históricas e poesia.”
Keith Richards, por sua vez, sempre enxergou um lado mais filosófico na composição. “‘Sympathy’ é sobre encarar o mal de frente. Ele está sempre por perto, e ignorá-lo não faz com que desapareça. Já encontrei Lúcifer algumas vezes, em várias formas”, afirmou. Para ele, a música continua atual justamente por sua mensagem atemporal: “Quando foi escrita, o mundo vivia um caos após a Segunda Guerra. É uma canção que diz: ‘Não o esqueça. Se você enfrentá-lo, ele perde o poder.’”