Rob Halford, vocalista do Judas Priest, é um dos nomes mais influentes da história do heavy metal. Ainda assim, seu gosto musical vai muito além do estilo que consagrou com sua banda. O cantor britânico é um verdadeiro explorador sonoro — sempre em busca de novas experiências musicais, mesmo em territórios extremos.
Foi assim que Halford conheceu Anthems to the Welkin at Dusk, segundo álbum da banda norueguesa de black metal Emperor. Lançado em 19 de maio de 1997, o disco é uma verdadeira imersão no lado mais sombrio e sofisticado do metal extremo. Produzido por Eirik Hundvin e pelos próprios integrantes Ihsahn e Samoth, o trabalho traz uma citação na contracapa que resume sua proposta: “O Emperor executa exclusivamente arte sofisticada de black metal.”
Em entrevista à Rolling Stone em 2017, Halford revelou os seus 10 álbuns de metal favoritos. Anthems to the Welkin at Dusk apareceu na oitava posição. Ao justificar sua escolha, ele foi direto:
“Amo esse disco porque é uma blasfêmia sonora do lado negro.”
A declaração mostra o quanto o black metal, mesmo com sua estética agressiva e extrema, pode impactar artistas consagrados de outras vertentes. No caso de Halford, não se trata apenas de curiosidade — mas de admiração sincera pela ousadia sonora e artística do Emperor.