Jimmy Page admitiu: “Há erros nessa música, mas isso não faz diferença”. E ele falava de uma das faixas do lendário Led Zeppelin I, o disco que deu início a uma das maiores bandas da história do rock.
Um álbum que mudou tudo
Lançado em 1969, Led Zeppelin I marcou o nascimento oficial da banda e transformou a paisagem do rock para sempre. Faixas como Good Times Bad Times e Dazed and Confused”mostraram ao mundo o poder da mistura entre blues, psicodélica e peso.
Em entrevista ao The Guardian, Jimmy Page comentou sobre a intenção de capturar o ouvinte logo nos primeiros segundos:
“Você tem todas essas camadas e profundidades, mas ainda precisa prender a atenção das pessoas nos primeiros segundos. Quando você tem algo como ‘Good Times Bad Times’, com aquele bumbo marcante, as pessoas perguntam: ‘Que diabos é isso?’ — é isso que você está buscando.”
“I Can’t Quit You Baby”: técnica imperfeita, alma intacta
Além das faixas autorais, o álbum inclui também um cover de “I Can’t Quit You Baby”, escrita por Willie Dixon em 1956. A interpretação intensa da banda fez a música se destacar no disco — mas, segundo o próprio Page, ela veio com imperfeições.
Em entrevista de 1977 à revista Guitar Player, o guitarrista revelou:
“Há erros nessa música, mas não faz diferença. Vou deixar assim para sempre. Não posso evitar. Os trechos em Lá e Si bemol maior estão certos, embora possam soar errados. O tempo simplesmente soa estranho. E sim, há algumas notas erradas. Tenho que ser razoavelmente honesto sobre isso.”
A beleza do erro
Para muitos músicos, essas “falhas” apenas reforçam o valor do momento registrado em estúdio. No caso do Led Zeppelin, essa honestidade crua contribuiu para a energia quase mágica do disco.
No fim, a música sobreviveu aos erros — e talvez tenha se tornado ainda mais icônica por causa deles.