David Gilmour afirma que jamais dividirá o palco com Roger Waters

Apesar da expectativa de muitos fãs, David Gilmour foi categórico: não existe possibilidade de reunião do Pink Floyd. Em entrevista ao The Guardian, o lendário guitarrista foi direto ao ponto e explicou por que não quer qualquer envolvimento com Roger Waters.

“De jeito nenhum”, disse Gilmour, acrescentando:
“Costumo me afastar de pessoas que apoiam ditadores genocidas e autocráticos como Putin e Maduro. Além disso, não gostaria de dividir o palco com alguém que acha aceitável o tratamento dado a mulheres e à comunidade LGBTQIA+ nesses regimes.”

Um elogio a Rick Wright, apesar das tensões

Por outro lado, Gilmour aproveitou para homenagear Richard Wright, o tecladista falecido da banda.

“Gostaria muito de voltar ao palco com Rick, que foi uma das pessoas mais gentis e musicalmente talentosas que já conheci.”

Acusações sérias e desentendimentos familiares

Vale lembrar que o conflito entre Gilmour e Waters ganhou força no início de 2023, quando Polly Samson, esposa de Gilmour, usou o X (antigo Twitter) para acusar Waters de ser “misógino” e “antissemita”. Segundo ela:

“Infelizmente, Roger Waters é antissemita até a medula. Além disso, é um apologista de Putin, mentiroso, ladrão, hipócrita, sonegador, misógino, invejoso e megalomaníaco.”

Logo em seguida, Gilmour compartilhou a publicação em sua conta e endossou tudo, dizendo:

Cada palavra é comprovadamente verdadeira.

Sem volta: nem reunião, nem repertório completo

Recentemente, em entrevista à ITV News, Gilmour comentou sobre a ideia de uma reunião do Pink Floyd, comparando com o caso do Oasis:

“Continuem sonhando. Isso não vai acontecer. Restamos apenas três membros, e não estamos em contato. É altamente improvável que voltemos a conversar.”

Além disso, ele revelou que há clássicos da banda que não serão mais tocados por ele em shows. Entre eles, estão:

  • “Run Like Hell”
  • “Another Brick In The Wall”
  • “Money”

Segundo o músico, essas canções já não representam quem ele é hoje:

“Há músicas do meu passado com as quais não me sinto mais confortável. Por isso, prefiro deixá-las de lado.”