Entre tantos hits consagrados do Queen, Brian May vê uma faixa como injustamente ignorada: “The Prophet’s Song”. A banda lançou a música no clássico álbum A Night at the Opera (1975), o mesmo que trouxe Bohemian Rhapsody. Com mais de oito minutos, a canção mergulha no rock progressivo e explora sonoridades experimentais.
Apesar da ousadia, The Prophet’s Song nunca alcançou o mesmo reconhecimento dos maiores sucessos do grupo. Em 2023, May comentou o assunto em entrevista ao MusicRadar.
“Há um milhão de músicas que eu queria que tivessem ganhado mais atenção. The Prophet’s Song é uma delas. Só quem mergulhou fundo na obra do Queen entende o que essa faixa representa.”
Mesmo decepcionado com a recepção da canção, May valoriza o impacto emocional dos hits mais populares:
“O sucesso toca as pessoas. Cada vez que ouvem certas músicas, revivem memórias e emoções. Isso é mágico. Temos sorte por ter tantas faixas que fazem parte da vida dos fãs. Em qualquer show, basta tocar os primeiros acordes para sentir a resposta imediata. É algo maravilhoso.”
Brian May também fala abertamente sobre os erros cometidos ao longo da trajetória da banda. Um deles, segundo ele, foi o lançamento do álbum Hot Space, em 1982.
“Hot Space foi um erro, principalmente por causa do timing. Estávamos curtindo muito funk, algo parecido com o que Michael Jackson fez em Thriller. Mas naquela época, ‘disco’ era quase um palavrão.”
Mesmo com altos e baixos, o guitarrista britânico continua orgulhoso da ousadia criativa do Queen. Para ele, The Prophet’s Song simboliza essa coragem, e merece muito mais reconhecimento do que recebeu.
