Ozzy Osbourne não esconde sua aversão por um álbum específico do Black Sabbath. Sobre Never Say Die! (1978), o vocalista afirmou: “Tenho vergonha desse álbum. Acho-o nojento.” Esse trabalho, sem dúvida, ficou marcado por conflitos internos, problemas com drogas e uma atmosfera caótica, refletindo o momento difícil que a banda enfrentava.
As Tensões que Precederam a Gravação
Em 1977, as tensões no Black Sabbath estavam insustentáveis. Durante a preparação para as gravações de Never Say Die!, Ozzy decidiu deixar o grupo, e, como resultado, Dave Walker, que passou por bandas como Savoy Brown e Fleetwood Mac, foi chamado para substituir o vocalista. No entanto, sua passagem pela banda foi curta, e, em um movimento inesperado, Ozzy retornou apenas três dias antes das gravações. No entanto, a situação estava longe de ser ideal.
O Caos no Estúdio
Tony Iommi, guitarrista da banda, descreveu o caos vivido no estúdio: “Entramos no estúdio basicamente sem músicas. Compúnhamos pela manhã para ensaiar e gravar à noite. Estávamos muito chapados, usando muitas drogas. Era muito difícil. Ninguém conseguia fazer nada direito. Voltávamos para dormir e tentávamos novamente no dia seguinte.” Assim, o processo de gravação se tornou uma experiência extremamente desgastante para todos os envolvidos.
A Memória Amarga de Ozzy
Consequentemente, Never Say Die! se tornou uma lembrança amarga para Ozzy, que classificou o álbum como “o pior trabalho em que já me envolvi”. No livro I Am Ozzy, ele compartilha que ninguém conversou sobre o que aconteceu, e ele simplesmente apareceu no estúdio em um dia qualquer, com tudo já transformado. “Era óbvio que as coisas tinham mudado, especialmente entre Tony e eu”, relembrou.
A Situação no Final
Em uma entrevista a Kory Grow, Ozzy falou sobre o estado mental da banda na época: “Éramos apenas um bando de caras se afogando na porra do oceano. Não nos dávamos bem e estávamos todos chapados por causa das drogas e do álcool.” Em resumo, Never Say Die! foi, para Ozzy, uma marca difícil de apagar, mas um reflexo da turbulência vivida pela banda naquele período.
