Taylor Hawkins e as músicas que despertaram sua paixão pela bateria

A maioria dos músicos guarda na memória aquela música — ou álbum — que despertou o desejo de mergulhar em um instrumento. No caso de Taylor Hawkins, icônico baterista do Foo Fighters que faleceu em 25 de março de 2022, esse momento decisivo teve um nome claro: Queen.

A música que acendeu a chama

Segundo o próprio Hawkins, a música que o fez querer aprender bateria foi “Keep Yourself Alive”, da lendária banda britânica. Ele se referia especialmente a uma versão ao vivo de 1979. Embora a própria banda não gostasse muito dessa gravação, Hawkins a considerava uma de suas favoritas. Conforme ele mesmo explicou: “É um dos meus álbuns preferidos do Queen e tem algumas das melhores baterias de Roger Taylor”.

O impacto de outras bandas: The Police

Além disso, Hawkins também revelou que o álbum Zenyatta Mondatta, do The Police, foi fundamental em sua formação como músico. “Esse disco me fez pensar: ‘Uau! Quero tocar bateria assim’”, contou. Ainda completou: “Meu sonho era cantar como Roger Taylor e tocar bateria como Stewart Copeland”. Isso mostra como suas influências iam além do óbvio, explorando diferentes estilos e abordagens musicais.

Queen: a banda que moldou sua jornada

Em várias entrevistas, Hawkins não poupou elogios ao Queen. Para ele, a banda formada por Freddie Mercury, Brian May, John Deacon e Roger Taylor foi uma espécie de guia musical. Em suas palavras: “O Queen foi minha escola de música. Assim como os discos dos Beatles, os do Queen tinham de tudo”. Ele chegou a fazer uma comparação ousada, porém cheia de admiração: “O Queen é como os Beatles com esteroides. E digo isso com todo o respeito — sem os Beatles, o Queen nem teria existido”.

Genesis e sua “bíblia da bateria”

Durante uma entrevista concedida à Modern Drummer em 2006, Hawkins falou sobre as influências que ajudaram a moldar seu primeiro álbum solo com os Taylor Hawkins and the Coattail Riders. Nesse contexto, ele citou os discos Trick of the Tail e Seconds Out, do Genesis, como referências marcantes. “Seconds Out é, na verdade, uma das minhas bíblias da bateria”, afirmou. Além disso, destacou a qualidade do som: “É um dos meus álbuns favoritos em termos de timbre de bateria”.

As canções que marcaram sua vida

Por fim, em uma entrevista de 2016 para a NME, Hawkins compartilhou músicas que marcaram momentos importantes de sua vida. Por exemplo, disse que “Louie Louie”, do The Kingsmen, foi a primeira canção que ouviu. Em seguida, lembrou que “Have You Never Been Mellow”, de Olivia Newton-John, foi a primeira música pela qual se apaixonou. E, para os momentos de descontração, “Anything”, de David Bowie, era sua escolha favorita no karaokê

A jornada musical de Taylor Hawkins foi guiada por ícones de diferentes estilos, desde o rock clássico ao progressivo. Ainda que seu talento seja inquestionável, ele sempre fez questão de valorizar as músicas e artistas que o inspiraram desde o início. Seu legado, portanto, vai além das performances com o Foo Fighters — ele vive nas músicas que o moldaram, nas que ele criou e nas que ainda inspirarão futuras gerações.