A música de Woody Guthrie, escrita em 1940, traz uma visão inclusiva e combativa da nação. Vamos conhecer sua história.
Em janeiro de 2009, durante a posse de Barack Obama, Bruce Springsteen se apresentou para milhões. Ao lado de Pete Seeger, eles cantaram This Land Is Your Land. Nas palavras de Springsteen, a música “uniu a América por um momento”.
Essa escolha não foi por acaso. Guthrie escreveu essa música como resposta à otimista God Bless America. Sua obra oferece uma visão mais realista e engajada da nação. Por isso, Springsteen, um dos maiores compositores do século XX, escolheu essa canção para transmitir uma mensagem poderosa naquele momento histórico.
Em entrevista à Rolling Stone em 2012, Springsteen lembrou o evento como um marco. “Naquele dia, Pete e eu, junto com americanos de todas as gerações, cores e crenças, entendemos que às vezes algo externo se torna parte do coração da nação.”
Além disso, a apresentação homenageou Guthrie, que morreu mais de 40 anos antes. Ele permanece um símbolo de protesto e justiça social. Springsteen refletiu: “Naquele momento, americanos de todas as idades, raças e crenças se uniram, mesmo que por pouco tempo, pela poesia de Woody.”
Springsteen e seu novo embate com Donald Trump
Por outro lado, a breve união que Springsteen destacou contrasta com o clima atual do país. Em meio a crescentes tensões e a um confronto direto com Donald Trump, o músico segue firme em sua luta.

Recentemente, ele iniciou a turnê Land of Hope and Dreams em Manchester, Inglaterra. No palco, criticou diretamente o presidente dos EUA. “Minha casa, a América que amo, está hoje nas mãos de uma administração corrupta, incompetente e traidora”, declarou.
Além disso, Springsteen afirmou: “A maioria dos nossos representantes falhou em proteger o povo americano dos abusos desse governo fora de controle.”
Como era de se esperar, as declarações causaram reação. Trump respondeu pelo Twitter da rede social Truth: “Vejo o superestimado Bruce Springsteen indo a um país estrangeiro para falar mal do presidente dos Estados Unidos. Nunca gostei dele, de sua música ou de suas políticas de esquerda radical. Ele não tem talento, é apenas um cara irritante e convencido.”