Músicas melancólicas para o Dia dos Namorados

O Dia dos Namorados está chegando, e por toda parte já se veem decorações vermelhas, promoções para casais e músicas românticas embalando o clima. Mas, apesar de ser uma data celebrada pelos apaixonados, ela também desperta sentimentos profundos em quem enfrenta um coração partido, a saudade, a desilusão ou até mesmo um amor proibido.

Afinal, o amor não vive apenas de encontros românticos, beijos e carinho, ele também se encontra na melancolia. Às vezes, se revela justamente na ausência, na saudade ou na dor. Dizem que não é saudável romantizar o fim de um relacionamento ou aquilo que nunca chegou a ser… mas as músicas discordam. Com a capacidade de tocar o nosso íntimo mais profundo, elas traduzem sentimentos que muitas vezes nem sabemos nomear, tornando-se refúgio para quem vai passar a data sozinho.

E foi pensando nisso que a Moodgate optou por preparar uma lista de músicas melancólicas para você, que vai passar a data remetendo àquela pessoa que não pode ter.

Brutal Love – Green Day

A banda, conhecida por seus sons de punk rock, deu espaço para a vulnerabilidade com Brutal Love – do álbum ¡tré!. Com ritmos lentos e arranjos melancólicos, a canção traz a intensidade de um amor profundo, mas destrutivo, que salva, mas machuca.

(Oh, como você quer isso/ Você está implorando por isso/ Mas não pode tê-lo/ Mesmo se tentar)

One Day The Only Butterflies Left Will Be In Your Chest As You March Towards Your Death – Bring Me The Horizon feat. Amy Lee

O título já fala por si: prepare-se para sofrer. A música é um verdadeiro epitáfio do que um dia foi amor. Em um dueto cuidadosamente construído entre Oli Sykes e Amy Lee, o fim se transforma em poesia sombria. A letra evoca os últimos suspiros de um relacionamento esgotado, onde já não há esperança nem expectativa – apenas o peso de um amor trágico que chegou ao fim.

(Você estava morto para o mundo, agora eu estou morta para você/ Assombrando sua própria casa, sem nada a perder)

Slip Away – Luke Hemmings

A melancolia sussurrada do amor é um traço que percorre quase todas as faixas de When Facing the Things We Turn Away From, álbum de estreia solo de Luke Hemmings. Mas é em Slip Away que essa dor ganha forma mais nítida. Conduzida em lentidão, a canção parece delicada à primeira audição – até que as palavras revelam a dor contida em cada verso, ecoando na voz quebrada de Luke. É sobre aquele amor que não termina de uma vez, mas se desfaz aos poucos, escorrendo como água entre os dedos. Um último grito por redenção, que chega tarde demais.

(Eu posso sentir você escapar/ Como eu sabia que você faria/ Não me deixe neste silêncio/ Quando você viu todos os meus erros)

Heathrow – Catfish and the Bottleman

Heathrow não é um grito nem um desespero escancarado, é uma confissão sutil de quem ainda espera por um amor que já foi embora. São as lembranças que mantêm o eu lírico preso ao que passou, enquanto o outro já seguiu em frente. Não há raiva, nem mágoa, apenas uma aceitação silenciosa e triste de que aquilo que um dia foi real agora vive apenas na memória.

(Ela era um outro nível/ E eu não era nadnada de mais)

Each Time You Fall in Love – Cigarettes After Sex

A canção talvez soe familiar para quem coleciona ausências, para quem mergulhou de cabeça em um amor que nunca foi inteiro. A música é para aqueles que sempre amaram e foram amados pela metade – nunca por completo.

(Cada vez que você se apaixona, claramente não é o suficiente)