5 músicas do Nirvana que não entraram nos álbuns, mas definem a banda

O Nirvana mudou a história do rock com poucos discos e muita intensidade. No entanto, nem todas as músicas essenciais da banda apareceram nos álbuns oficiais. Algumas faixas lançadas como lados B ou em coletâneas revelam, de forma ainda mais crua, a essência do trio liderado por Kurt Cobain.

A seguir, listamos cinco dessas músicas que ajudam a entender por que o Nirvana permanece tão relevante até hoje.

1. Marigold — Dave Grohl no comando

Durante sua passagem pelo Nirvana, Dave Grohl compôs diversas músicas. Algumas foram aproveitadas mais tarde no Foo Fighters. Entretanto, Marigold ganhou vida ainda nos tempos do Nirvana.

A faixa saiu como lado B de Heart-Shaped Box e é a única do grupo com Grohl nos vocais principais. Simples, delicada e direta, ela revela um lado mais introspectivo da banda — algo que nem sempre ganhava destaque nos álbuns oficiais.

2. Curmudgeon — distorção e fúria

Lançada como lado B de Lithium, Curmudgeon entrega uma das performances mais agressivas do Nirvana. O riff é caótico, os vocais são intensos e o clima é de urgência total.

Além disso, a música foge de qualquer estrutura convencional, o que torna a experiência ainda mais crua e envolvente. É uma faixa que mostra o Nirvana no limite entre o punk e o grunge.

3. Sliver — infância contada com ironia

Sliver foi lançada como single em 1990, antes do sucesso de Nevermind. A música, por outro lado, já trazia todos os elementos que fariam da banda um fenômeno: riffs simples, letras confessionais e uma energia difícil de ignorar.

Na letra, Cobain narra uma experiência de infância com um tom sarcástico e nostálgico. A faixa rapidamente se tornou um hit alternativo e ajudou a consolidar o Nirvana na cena de Seattle.

4. Dive — peso, melodia e fúria controlada

Lado B de Sliver, Dive é uma explosão de guitarras sujas e vocais melódicos. Foi uma das últimas músicas lançadas pelo Nirvana ainda sob o selo Sub Pop.

Por mais que a faixa não tenha entrado nos álbuns principais, ela representa com clareza o som que o Nirvana dominava naquele período. A mistura de peso e melodia mostra a habilidade de Kurt Cobain em criar composições memoráveis com poucos elementos.

5. You Know You’re Right — o adeus não planejado

Gravada pouco antes da morte de Cobain, You Know You’re Right permaneceu inédita até 2002, quando finalmente apareceu em uma coletânea oficial após disputas judiciais.

Apesar da espera, a música revelou-se um encerramento simbólico da história da banda. Intensa, sombria e com um vocal que mistura dor e raiva, ela é, de certa forma, o último grito do Nirvana.

Fora dos álbuns, mas dentro da história

Essas cinco músicas provam que a genialidade do Nirvana não se limitava aos discos oficiais. Pelo contrário: fora deles, a banda também explorava novas ideias, experimentava formatos e mostrava vulnerabilidades.

Por isso, vale revisitar essas faixas e perceber como, mesmo nas entrelinhas, o Nirvana dizia muito mais do que parecia.