As músicas do Pink Floyd que David Gilmour não quer mais tocar ao vivo

David Gilmour surpreendeu os fãs ao anunciar que três clássicos do Pink Floyd não farão mais parte de seus shows. Em entrevista à revista Mojo, o guitarrista explicou que, atualmente, não se sente mais confortável ao apresentar essas faixas no palco. A decisão acontece enquanto ele se preparava para a turnê do álbum mais recente Luck and Strange, lançado em setembro de 2024.

“Run Like Hell” ficou agressiva demais

A primeira música a sair do setlist é “Run Like Hell”, do disco The Wall (1979). Embora ainda admire a composição, Gilmour confessou que o tom da faixa já não combina com seu momento atual.

“Eu amo ‘Run Like Hell’. Adorei a música que criei, mas, hoje, toda aquela coisa de ‘É melhor você correr, correr, correr…’ me parece um pouco assustadora e violenta”, disse ele.

“Another Brick In The Wall” traz lembranças desconfortáveis

Outra canção que ele decidiu abandonar é “Another Brick In The Wall”, também de The Wall. Segundo Gilmour, ele nunca esteve totalmente à vontade com essa música, especialmente depois do afastamento de Roger Waters.

“Não acho que a toquei com a minha banda, mas certamente a apresentei depois do fim do Pink Floyd com Roger, contra meu melhor julgamento”, admitiu.

“Money” também está fora do repertório

Por fim, Gilmour afirmou que não pretende mais tocar “Money”, do icônico The Dark Side of the Moon. O motivo é simples: ele quer se concentrar em músicas com as quais tenha uma conexão mais direta.

“Não vou tocar ‘Money’. Vou focar nas canções que são essencialmente minhas, e nas quais me sinto representado. ‘Comfortably Numb’, ‘Wish You Were Here’, ‘Shine On You Crazy Diamond’, talvez…”, explicou.

E quanto à reunião do Pink Floyd?

Para os fãs que ainda sonham com um reencontro da formação original, a resposta de Gilmour foi clara: isso não vai acontecer. Em entrevista à ITV News, ele foi direto ao ser questionado sobre essa possibilidade.

“Continuem sonhando, isso não vai acontecer. Só restamos três de nós, e não estamos nos falando. É improvável que um dia voltemos a nos falar, então não vai acontecer.”