James Hetfield revela como o Nirvana mudou o rock

Poucas bandas influenciaram tanto a música quanto o Nirvana. No início dos anos 1990, Kurt Cobain, Krist Novoselic e Dave Grohl emergiram como um sopro de renovação. O trio não apenas redefiniu o som do rock alternativo, como também rompeu com os excessos do glam metal. Ao mesmo tempo, trouxeram um som cru e direto das garagens.

A visão de Hetfield sobre “Smells Like Teen Spirit”

Em entrevista à Rolling Stone, James Hetfield, vocalista do Metallica, refletiu sobre esse impacto. Para ele, a canção “Smells Like Teen Spirit” foi essencial para mudar os rumos da música naquela época.

“Quando todo aquele glam metal dos anos 80 estava sendo superproduzido, o Nirvana apareceu com aquele som cru de garagem e uma melodia enorme. Era o que a música precisava.”

Com essa declaração, Hetfield deixou clara sua admiração pela honestidade musical do Nirvana. Além disso, destacou como a banda de Seattle preencheu um vazio artístico que sentiam muitos já.

Outras influências de James Hetfield

Embora admire o Nirvana, Hetfield também tem outras referências marcantes. Em 2004, ele revelou que uma de suas maiores inspirações foi o Led Zeppelin. O clássico “Stairway to Heaven”, segundo ele, foi a primeira música que aprendeu a tocar no violão.

Por outro lado, sua conexão com o rock começou ainda mais cedo. Hetfield relembrou sua primeira banda, chamada Obsession. Formada na época do colégio, o grupo ensaiava na garagem de um amigo. Tocavam covers de Thin Lizzy, Black Sabbath, Robin Trower e, claro, do Led Zeppelin.

“Demos algumas festas. Só isso. Não me lembro de ter realmente aprendido a tocar violão, mas foi o começo.”

Com isso, fica claro que a base musical de Hetfield foi construída sobre os pilares do rock clássico.

O rock antes e depois do Nirvana

A fala de Hetfield vai além de um simples elogio. De fato, ela revela sua percepção sobre o estado do rock antes da chegada do grunge. Segundo ele, os anos 80 estavam tomados por produções exageradas e fórmulas repetitivas.

Enquanto isso, o Nirvana representava a ruptura com esse modelo. Com autenticidade, urgência e intensidade, o trio trouxe de volta ao rock uma energia bruta e necessária. Para Hetfield, eles não apenas marcaram uma geração, eles foram exatamente o que a música precisava.