Em fevereiro deste ano, o baixista Shavo Odadjian afirmou, durante uma entrevista ao site SNSMix, que todas as 70 músicas autorais já lançadas pelo System of a Down fariam parte da Wake Up: South America Stadium Tour. Três meses depois, essa promessa acabou não sendo cumprida, mas, nesta matéria, nós iremos analisar o que faltou para isso acontecer.
Assim como Shavo já havia avisado que aconteceria, todos os 9 shows desta turnê sulamericana contaram com setlists compostos por mais de 30 músicas e cada um deles foi, de fato, singular: o System of a Down não repetiu o exato mesmo espetáculo em nenhuma noite – e esse formato, não apenas proporcionou experiências diferenciadas aos fãs, como também permitiu que o grupo armênio-americano explorasse profundamente a sua própria discografia, trazendo de volta aos shows canções como Attack, Roulette, Holy Mountains, Arto, Violent Pornography, 36, Pictures, Spiders, Highway Song, Marmalade, Streamline, A.D.D e Mind, que não eram tocadas ao vivo há um bom tempo.
Roulette chega como um sopro de calmaria no meio do furacão! A única balada acústica do System é o respiro emocional que todos precisavam. Um momento íntimo, onde cada acorde toca a alma e a conexão com o público brasileiro é única! 🇧🇷💔
— Moodgate ⚡️ (@Moodgate_) May 9, 2025
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Porém, as 9 apresentações da Wake Up: South America Tour também tiveram muitos elementos em comum: na hora de montar o repertório da turnê, Serj Tankian, Daron Malakian, Shavo Odadjian e John Dolmayan acabaram optando por não realizar espetáculos radicalmente distintos uns dos outros, pois chegaram ao consenso de que certas canções são simplesmente indispensáveis nos shows do System of a Down. Por isso, durante toda a excursão pela América do Sul, os quatro parceiros mantiveram 23 músicas fixadas nos setlists, enquanto o restante do repertório variava conforme a vontade deles – as fixadas foram Aerials, B.Y.O.B, Prison Song, Chop Suey!, ATWA, Forest, Suggestions, Dreaming, Hypnotize, Lost In Hollywood, Suite Pee, Deer Dance, Bounce, Lonely Day, I-E-A-I-A-I-O, Needles, Roulette, Soldier Side-Intro, Soldier Side, Psycho, Radio/Video, Toxicity e Sugar, que, juntas, compunham mais da metade de cada apresentação.



Ainda assim, a banda conseguiu tocar um total de 45 canções autorais diferentes, ao longo dessa terceira vinda à América do Sul – isso representa mais de 60% da discografia do System of a Down, mas vários fãs sul-americanos fervorosos sentiram falta de músicas como Question!, She’s Like Heroin, Vicinity Of Obscenity, Tentative, DDevil, Ego Brain e P.L.U.C.K. Quem sabe da próxima vez…?