Matt Helders revela os segredos da bateria de “R U Mine?” em vídeo especial

O baterista do Arctic Monkeys, Matt Helders, decidiu abrir o jogo sobre sua performance em “R U Mine?”, um dos maiores sucessos da banda. Em uma participação recente na Drumeo, uma das principais plataformas de educação musical voltada para bateristas, Helders explicou com detalhes como construiu a bateria da faixa.

Desde o início do vídeo, ele divide a música em seções, comenta cada padrão rítmico e destaca as nuances técnicas que definem sua abordagem. Além disso, ele compartilha a lógica por trás dos preenchimentos e acentos que dão personalidade à sua execução.

A história por trás de “R U Mine?”

Helders aproveitou a conversa para relembrar como a faixa surgiu. Segundo ele, “R U Mine?” foi composta em Sheffield, sua cidade natal, antes mesmo de a banda iniciar oficialmente as gravações do álbum AM, lançado em 2013.

Arctic Monkeys 2013

“Foi uma daquelas músicas que definiram o tom do álbum”, contou. De fato, a canção abriu caminho para a sonoridade mais densa, grooveada e marcada por influências do hip hop e do R&B, que acabaria sendo o grande diferencial de AM.

Da sala de ensaio ao estúdio: uma mudança no processo criativo

Diferente dos álbuns anteriores, em que os integrantes ensaiavam intensamente antes de entrar em estúdio, o AM foi praticamente todo criado durante as gravações. Para Helders, isso trouxe mais liberdade criativa:

“Dessa vez, passamos muito mais tempo compondo. Se não tivéssemos um prazo ou compromissos, provavelmente ainda estaríamos gravando. Foi muito divertido explorar possibilidades e experimentar novas influências.”

A construção rítmica de “R U Mine?”: seção por seção

No vídeo, Helders analisa a bateria de forma minuciosa. Ele mostra como organizou os grooves em diferentes trechos da música, comenta as viradas mais marcantes e explica por que certos acentos fazem tanta diferença no impacto final da faixa.

Em seguida, ele toca a música por completo, demonstrando toda a precisão e potência que se tornaram sua marca registrada.

Improviso ao vivo virou parte do show

Entre risadas, o baterista contou um episódio que acabou virando tradição nos shows da banda. “Sempre terminávamos os shows com ‘R U Mine?’. Um dia, o Alex [Turner] terminou de cantar e, no silêncio, voltou com só a parte do ‘lado bom’. A gente já estava saindo do palco, mas entendeu que ele queria repetir o final. Desde então, dependendo do clima da noite, já sabemos se ele vai puxar ou não.”