O universo do álbum “BLLT” de Bullet Bane com entrevista do Arthur Mutanen
Em 2020, a banda Bullet Bane iniciou uma nova fase com a chegada do vocalista Arthur Mutanen. Com um som visceral, elétrico e uma vibe única para a cena brasileira do rock. O álbum “Ponto” teve uma repercussão positiva durante o ano de 2020 e 2021, além da banda se apresentar em 2019 no palco Supernova no Rock in Rio com o trabalho do single “Cinza”. Durante o ano de 2021, foram lançados os singles do álbum “Sentir” e “Lembro Quando Começou” com participação do Lucas Silveira, da Fresno, e composições que já demonstram um amadurecimento da sinergia do conjunto da banda e de novas experimentações. Em 2022, recentemente, o single “Pra Não Ter Que Enxergar Onde Errei” mostrou muito mais sobre a vibe e a linha de raciocínio de composição do novo álbum.
O álbum “BLLT”, lançado hoje (06/05), demonstra uma nova fase da banda, como citado nas redes sociais e em nossa entrevista que estará abaixo. Uma modernização caminhando para novos ares . É algo totalmente novo, mas que a qualidade e a energia são expressas através das composições do instrumental e das letras, que, em cada estrofe, é um sentimento a ser absorvido. Há muito detalhe em cada música.
Podemos perceber que é um álbum produzido com muito carinho, experimentações instrumentais, ambientações e composição de letras com muito sentido para quem ouve. O que mais chama atenção é a atmosfera criada por todas as músicas em conjunto, você sente as diferenças entre cada música, mas não sai do universo do álbum. Um trabalho sólido, original e fora da curva para o cenário.
ENTREVISTA COM ARTHUR MUTANEN
Mood: O álbum “BLLT” sairá em Maio e temos a última single antes do lançamento, o que você sente nessa nova fase? E o que os fãs podem aguardar com esse álbum?
Arthur Mutanen: Esse disco com certeza é o mais ousado, com menos medo de encaixar em alguma caixinha, com a vontade de fazer algo novo, ser cada vez mais único e natural, e, diferente do Ponto, onde eu (Arthur) tinha acabado de entrar na banda e a gente ainda tava se entendendo como pessoas e músicos, e qual deve ser papel de cada um nessa nova fase, agora estamos mais conectados, mais juntos do que nunca, e eu como compositor me sinto ainda mais livre e confiante de colocar o meu eu dentro de tudo, tanto nas letras quanto nos elementos, a forma que a música vai soar. Os fãs podem esperar um disco cheio de emoções, sem amarras, novo, fresco de se ouvir e que nos representa ainda mais.
Mood: Em uma publicação no instagram da banda foi dito que a sigla “BLLT” é a expressão definitiva da essência de vocês, poderia nos explicar melhor sobre?
Arthur Mutanen: BLLT simboliza um novo momento, a gente mais conectado do que nunca, vibrando a mesma energia, e por isso que o disco leva o nome da banda, e a capa é uma foto nossa, a gente sentiu a necessidade de olhar mais pra gente, criar algo ainda mais nosso, mais único, de coração aberto, sincero.
Mood: O Brasil está vivendo um novo momento na música após tanto tempo sem shows, o que você mais quer propagar com as composições do Bullet Bane?
Arthur Mutanen: Que todo mundo tem o direito de ser e sentir como quiser e precisar, o rock em um geral na última década eu senti muita exclusão, muita batalha pra querer ser brutamonte, e pouco se falava de sentimento, de fragilidade, de ser HUMANO, de amor, eu – também me considerando público – quero mais gente falando da realidade de dentro, dos enfrentamentos as dores e os problemas inexplicáveis, quero ser acolhido pelo público e espero acolhê-los também.
Mood: Como foi o processo de composição do novo álbum? Poderia nos dizer quantas faixas existem no álbum ou se há muitas colaborações?
Arthur Mutanen: Eu tinha algumas letras e melodias ou partes de canções de diversas maneiras, não tínhamos muitas prés ou ideias desenhadas, fomos para um sítio por 2 semanas para nos internar e compor algo, e assim que nasceu tudo, sem muita barreira ou direcionamento, só vontade de fazer de coração e amor. O disco tem 8 faixas e a participação do Lucas Silveira, da Fresno.
Mood: Se pudesse citar 5 artistas/bandas que você possui como referência, quais seriam?
Arthur Mutanen: A cada momento da vida a gente se depara com novas referências e influências, o eu de agora é muito diferente do eu de 2 anos atrás. Mas o que com certeza moldou a minha forma de olhar para ARTE, a música, e os significados de ser artista, foram o Pink Floyd, Green Day, Bring Me The Horizon, Miley Cyrus e LANY.
Mood: E para encerrar, qual o recado que você deixa para os ansiosos pelo novo material e para todos que aguardam os shows da banda Bullet Bane?
Arthur Mutanen: A gente nunca esteve tão ansioso e com tanto sangue nos olhos pra entregar algo, tanto os clipes, quanto as músicas do disco e os shows, então vamos entregar nosso máximo pra todo mundo que de alguma forma fizer parte de tudo isso, a gente quer emocionar junto, criar uma voz juntos e arrepiar a espinha juntos, música pela sensação, pelo sentimento, pelo amor de fazer e sentir.