Entrevista com a nova sensação da música e símbolo de empoderamento feminino: Sam Quealy
Cantora, compositora, rapper, dançarina e modelo, Sam Quealy vem conquistando seu espaço no mundo da música. Nascida em Sidney, na Austrália, ela começou com três anos de idade a dançar, e isso a fez lançar sua carreira como dançarina ao passar dos anos, se formando em uma das mais conceituadas escolas de artes cênicas em seu país natal. Sam vem atravessando o mundo com seu trabalho, passando por Hong Kong, Filipinas, EUA e, atualmente, na capital francesa, Paris.
Procurando novos ares, ao invés de ser bailarina profissional, Quealy começou a se mostrar ainda mais ao fazer performances de drag. Trabalhando por raves ou boates, ela caiu nas graças de uma das bandas que mais se destacam em cenário indie na França, La Femme, fascinando Marlon Magnée, cofundador do grupo. Ainda sendo uma sensação na música, Sam Quealy perpassa entre moda e arte, com camadas que ela sente prazer em agregar em seus clipes e performances.
A artista já conta com quatro singles de sucesso: “Big Cat”, “Sad Summer Daze” e “Klepto”, além do seu mais novo single “Follow The Night”, lançado no último mês de março. Para vocês conhecerem ainda mais esse novo símbolo do empoderamento feminino, conversamos com a artista que dividiu conosco suas sensações sobre essa fase esplendorosa. Confira abaixo:
MOODGATE: Olá Sam, tudo bem? Prazer demais estar falando com uma artista como você, uma mulher de poder e autenticidade. Queria saber quais são as suas principais inspirações no mundo da música?
SAM QUEALY: Minhas principais inspirações no mundo da música são definitivamente Madonna, David Bowie e Peaches. Peaches tem espírito punk e suas letras, do jeito que saem da língua, eu sempre fui atraída também. David Bowie por sua personalidade em constante mudança e carisma icônico. E Madonna – minha número 1 por sua abordagem em relação à música e à indústria da música. Ele é uma vadia fodona e ela mudou o jogo para todas as mulheres que vinham atrás dela.
MOODGATE: Como é pra você trabalhar com La Femme?
SAM QUEALY: Trabalhar com La Femme tem sido incrível. Marlon me ensinou muito sobre a indústria da música e sempre foi muito encorajador e motivador. Sair em turnê com La Femme também é ótimo! Como um ônibus de turnê de rock maluco dos anos 60… Eu me encaixo perfeitamente 🙂
MOODGATE: O single “Sad Summer Daze” trás uma pegada bastante tech, e um estilo próprio, seja na caracterização, seja na montagem do clipe. Quais foram as principais dificuldades na construção do single e, consequentemente, do videoclipe?
SAM QUEALY: Na verdade, não houve tantas dificuldades. Filmamos o clipe em um estúdio virtual incrível em Paris – Mado XR. O lugar é uma loucura, eles têm telas em todos os lugares e câmeras que se movem e seguem você – parece estar DENTRO de um computador. Eu já tinha determinado a minha caracterização e estilização do movimento, então eu sabia que queria dançar muito rígido e ter olhos que pareciam que não havia uma alma por trás deles.
MOODGATE: Você considera que a sociedade ainda proporciona muitas dificuldades para artistas queer, poc entrarem de vez no cenário musical?
SAM QUEALY: É claro! Infelizmente, ainda estamos vivendo em um mundo onde os mais privilegiados sempre serão alimentados primeiro. Está confuso em tantos níveis, e eu realmente espero que as pessoas comecem a acordar o mais rápido possível.
MOODGATE: O Brasil é um país que acolhe muito bem artistas de todo mundo, são pessoas bastante eufóricas e fãs de carteirinha. Você pretende vir ao país futuramente?
SAM QUEALY: Eu ADORARIAAAAA ir ao Brasil, seria um sonho absoluto 😀