Trinta anos de Millencolin e seu incansável repertório no Circo Voador

Por Téo Arrabal

A banda sueca de hardcore melódico com uma pitada de punk rock, Millencolin, voltou ao Rio de Janeiro com uma apresentação pra fã nenhum colocar defeito, em um show de comemoração aos 30 anos de carreira. Mais conhecido pelo público desde o sucesso da música No Cigar, do jogo de videogame Tony Hawk’s Pro Skater 2, o quarteto tocou neste domingo (12), em um Circo Voador lotado, sendo a principal atração do festival We Are One Tour.

Com Nikola Sarcevic no baixo e vocal; Erik Ohlsson e Mathias Färm nas guitarras, e Fredrik Larzon na bateria, Millencolin tem essa formação desde o ano de 1993. Eles chegaram com tudo, entregando mais um show memorável e imparável, com pouco mais de uma hora em um repertório de 21 faixas misturadas entre os nove álbuns lançados até então. Antes deles, a banda carioca de pop punk, Lunar Society Club; o grupo estadunidense de punk rock, Makewar, e o quinteto de punk rock, Satanic Surfers, se apresentaram no mesmo palco.

Foto: Beto / Moodgate

Nem o frio que faz atualmente na Suécia conseguiria gelar o calor humano que se formou quando o Millencolin começou a tocar seus hits, cantados com muita empolgação pelo público que não curtia a banda no Rio de Janeiro desde novembro de 2015. O público foi ao delírio na roda punk durante sucessos como Kemp, Bullion, Happiness for Dogs, Fox, Man or Mouse, Lozin’ Must, e Penguins & Polarbears. Em diversos momentos os músicos interagiram com o público e, como de praxe, distribuíram as palhetas utilizadas.

O clima só foi esfriar no momento em que a banda atendeu os pedidos de um espectador insistente e cantou The Ballad, a única canção calma do quarteto, e não deixou a desejar. Na hora da mais famosa, um fã entusiasmado e coberto pelo suor disse “fodeu, agora é No Cigar!”. E foi quando começaram a tocar o riff de seu grande sucesso e última música do show.

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O incansável repertório do Millencolin em sua sétima passagem no Brasil foi mais uma vez bastante marcante para os verdadeiros fãs, que, como sempre, cantaram todas as músicas junto da banda e se despediram com aquele gostinho de quero mais. Mesmo perto dos 50 anos, os “rapazes” mantêm o entusiasmo de sempre em cima do palco e, com seu timbre inconfundível, Nikola Sarcevic continua com a mesma potência vocal de outrora.

Para os que curtem o Millencolin desde o início da carreira, ou ao menos desde o começo dos anos 2000, passa um filme na cabeça por tudo que já foi vivido com a trilha sonora da banda a tiracolo. Quem é fã de carteirinha não vai querer esperar mais quatro anos para os suecos da cidade de Örebro lançarem um novo álbum, nem oito anos para recebê-los novamente na cidade.

Confira o setlist: