James Blake — Playing Robots Into Heaven | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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James Blake — Playing Robots Into Heaven

Em 2021, James Blake lançou o álbum Friends That Break Your Heart, um dos projetos mais pop de sua carreira. Dois anos depois, ele oferece um trabalho completamente diferente, revisitando suas raízes musicais. O álbum Playing Robots into Heaven convida os ouvintes para uma pista de dança onde ritmos contagiantes convivem com a melancolia do artista.

Na primeira metade do álbum, os sons vaporosos e a melancolia são predominantes. Essa abordagem é um retorno ao estilo de James Blake em seus primeiros álbuns, como James Blake (2011) e Overgrown (2013). Nos últimos anos, o cantor e compositor experimentou sonoridades mais acessíveis e melancólicas, mas sem abandonar o lado dançante de sua proposta.

O primeiro single do álbum, Asking to Break, é uma faixa eficaz que já oferece uma amostra do que está por vir na primeira metade do álbum. A música é um exemplo do pós-dubstep, gênero popularizado por Blake em seus primeiros trabalhos. Outras faixas da primeira metade do álbum, como Tell Me e Fall Back, também são marcadas por ritmos dançantes e melodias envolventes. No entanto, a melancolia também está presente, criando um contraste interessante entre esses elementos.

A partir da música He’s Been Wonderful, o álbum toma uma direção mais ousada, misturando samples e música eletrônica mais abstrata. Essa transição é evidente em faixas como Big Hammer, que mistura reggae com hip-hop, e Night Sky, que é uma balada etérea.

A faixa-título, Playing Robots into Heaven, encerra o álbum de forma experimental, com uma estrutura fragmentada e uma atmosfera sombria.

Playing Robots into Heaven é um álbum interessante que mostra James Blake em busca de novas sonoridades. O disco é um sucesso para os fãs do artista que podem apreciar seu estilo mais dançante e melancólico, mas, naturalmente, o projeto também tem seus pontos negativos. A transição entre a primeira e a segunda metade do álbum é um pouco abrupta, enquanto a faixa título se estende por mais tempo do que deveria em seções repetitivas. Isso não significa, no entanto, que seja um trabalho que não mereça a atenção do ouvinte. Playing Robots into Heaven é complexo e maduro, mas também define um provável momento de transição na carreira de Blake.

NOTA 7

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joelrneto12@gmail.com

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