Red Hot Chili Peppers triunfante em apresentação no Rio de Janeiro
O show do Red Hot Chili Peppers, realizado no Rio de Janeiro neste sábado (04), foi uma verdadeira aula de como um espetáculo musical deve ser executado. Nesse evento, quatro ícones da música, apesar das rugas que o tempo trouxe aos seus rostos, mantiveram vivo o espírito juvenil que os caracteriza desde o início de sua carreira, há quatro décadas.
Esses músicos, outrora conhecidos como “garotos raivosos” (no melhor sentido da expressão), hoje se apresentam como verdadeiros mestres de um ofício amplamente reconhecido como o rock ‘n’ roll. O Estádio Nilton Santos estava repleto de fãs, incluindo aqueles que já eram crianças na época de seu surgimento e agora possivelmente são pais. O apoio entusiasmado de uma audiência mais jovem, que continua a se encantar com os californianos em 2023, tornou o coro das músicas intensamente poderoso.
O Red Hot Chili Peppers demonstrou que é um grupo experiente, em sintonia perfeita. O icônico Anthony Kiedis se movimentou pelo palco com facilidade, sempre demonstrando sua paixão beijando o microfone ao longo de todo o show.
O setlist trouxe surpresas, incluindo músicas diferentes das apresentadas na Costa Rica em 31 de outubro. Às 20h33, a banda iniciou o show com uma introdução acústica marcante, destacando o virtuosismo do guitarrista John Frusciante, que reafirmou seu lugar entre os melhores da categoria e justificou plenamente o preço do ingresso. O concerto começou com três músicas poderosas: Can’t Stop, The Zephyr Song, e Snow ((Hey Oh)), todas interpretadas com a força e entusiasmo da juventude, fazendo o público levantar os braços e se entregar à experiência. Embora, por vezes, sua voz traísse os sinais dos anos, Kiedis demonstrou uma potência vocal notavelmente aprimorada.
Red Hot Chili Peppers e sua entrada triunfal ao som de Can’t Stop!
— Moodgate ⚡️ (@Moodgate_) November 5, 2023
O primeiro show da turne no brasil, no rio de janeiro 🤘🏻❤️🔥
🎥: @JoelrMendes pic.twitter.com/i0wtz0oryE
Flea, o icônico baixista da banda, correspondeu à lenda que o cerca em suas apresentações ao vivo. Ele personifica a energia de uma criança em um corpo de adulto, regendo a banda com seu baixo, marcando o tempo e supervisionando seus companheiros, assegurando que tudo funcionasse com a precisão de um metrônomo. Além disso, Flea irradiou carisma, com um sorriso que o tornou uma figura incontestavelmente popular.
Os outros membros da banda não ficaram atrás. John Frusciante, que retornou após 21 anos ao Red Hot Chili Peppers no Brasil, cativou a energia do público com suas performances solo. Anthony Kiedis destacou o retorno de John com entusiasmo, mencionando que ele havia pedido para voltar ao Brasil. Frusciante, uma inspiração intergeracional para aspirantes a guitarristas elétricos, demonstrou uma execução impecável, mantendo-se mais reservado em comparação aos seus colegas, concentrando-se na execução precisa de sequências de notas complexas em seu instrumento. Destaques incluíram suas performances em Suck My Kiss e Eddie.
Por fim, Chad Smith, muitas vezes discreto em termos de destaque na banda, foi uma máquina de precisão na bateria. Suas mãos se moviam com tremenda destreza, a ponto de se tornar quase indistinguíveis no frenesi do show. Uma observação notável foi a notável troca de energia entre os quatro membros da banda – John, Flea, Chad e Anthony – destacada em momentos como na música Black Summer, quando houve uma pausa como se tivessem brincando de “estátua” na música enquanto Anthony cantava.
A sinergia da banda ficou evidente em músicas como Eddie, Can’t Stop, Black Summer e, naturalmente, em Californication. O show encerrou com as empolgantes performances de By The Way e Give It Away, desencadeando um frenesi absoluto na plateia, que pulou em extasê com o vocalista durante os minutos finais do espetáculo. Em resumo, o Red Hot Chili Peppers trouxe uma atmosfera carregada pelo espírito do rock e pela luminosidade de um espetáculo de primeira classe no Rio de Janeiro.
Inara
Descrição perfeita do show!
Alline
Foi muito foda!!!
Katia Mendes dos Santos
Foi mágico!!
Ellaine Sad
Eu estava lá, foi desse jeito mesmo!
Zamboni
Premium que nao era premium e sem um Bis ( falta de educacao ). But, banda foda como sempre. Producao Kao total.
Nayara
Texto impecável como o show! Não consigo parar de assistir e as músicas não saem da cabeça! Ansiosa aguardando a próxima oportunidade! Setlist incrível! Eles mais ainda!
Gabriel Ramos
Foi o melhor show da minha vida