Camping e muito hardcore: Full Force Festival e sua importância na cena alternativa
Dentre os diversos festivais voltados para a cena alternativa como um todo, vem se criando espaço para os de hardcore e emo cada vez mais. No Brasil, há o Oxigênio Festival, que representa esses subgêneros. Se consolidando cada vez mais ao longo dos anos, o evento chegou a sua 8ª edição no ano passado. Mais recentemente, neste ano, foi criado o I Wanna Be Tour, festival de emo/pop punk, da produtora 30e, que trouxe bandas como Simple Plan e A Day To Remember ao país e contou com edições em cinco cidades distintas. O que prova que, nessa e em outras famosas “gigs”, nunca faltou público para o underground.
E nelas, pelo mundo, existe espaço para bandas de todos os tamanhos e de todos os lugares. Chegando na Europa, mais especificamente, na Alemanha, em Ferropolis, há um festival que representa e destaca o hardcore e o emo muito bem, desde 1994. O Full Force, que tem data marcada para os dias 21, 22 e 23 de junho na conhecida City of Iron, sempre contou com grandes nomes no line-up, bandas como Bring Me The Horizon, Asking Alexandria, Bullet for My Valentine, A Day To Remember, Blessthefall estiveram presentes nas edições anteriores.
Neste ano, o Full Force segue com um line-up de grande peso. Architects, Dropkick Murphys, Five Finger Death Punch, Alligatoah, Bad Religion, Ice Nine Kills e Simple Plan são os headliners do Full Force 2024.
Além deles, o festival conta com nomes mais novos na cena, o que não foi diferente em seus anos anteriores. Na edição de 2024, As December Falls, Boston Manor, Cripta, Dying Wish, Elwood Stray, Fixation, HANABIE., Holding Absence, Imminence, Pest Control compõem o line-up. A programação completa do evento já está disponível, com esses e os demais artistas confirmados:
Experiência para além dos palcos
No Full Force, o voltar para casa não existe, a não ser quando o festival realmente acaba, no último dia. Claro, há a opção de sair e entrar quando bem quiser, mas o clima do festival é completamente outro: acampar após se enfiar em moshs.
Afinal, parece uma boa ideia descansar, logo em seguida, depois de tanta energia gasta após tantos bate cabeças e, acima de tudo, um dia inteiro sem tirar o pé do chão, não é?
Assim, há diversos setores para acampamento da própria organização que são divididos por tickets diferentes, com disponibilidade para carros e caravanas. Além disso, o acampamento se inicia um dia antes do evento e termina um dia depois do encerramento dos shows. É uma experiência para além dos palcos, para fazer amizades e se conectar com pessoas através da música.
Relativamente distante, mas muito importante para a cena alternativa
Apesar de estar do outro lado do mundo, o Full Force é um ótimo exemplo de um grande festival de música alternativa que ganhou espaço com valores próprios, adiante de eventos de música mais comerciais, desde sua primeira edição. Dar visibilidade para artistas menores e deixar a experiência não apenas concentrada nos palcos é um diferencial do evento em relação a diversos outros voltados para a música, independente do gênero musical de curadoria. Isso, também, mostra o tamanho que o emo, o hardcore, o pop punk e o heavy metal possuem. Esse crescimento pode ser visto, também, no Brasil, considerando a consolidação e a criação de festivais ao redor desses subgêneros, bem como com inúmeros artistas underground desembarcando com turnê solo pelo país nos últimos anos.
Por isso, o Full Force entrega força para a cena alternativa. Com um line-up diverso e extenso, bandas novas vão conquistando seu espaço, e as mais conhecidas vão consolidando mais fãs e ouvintes.
De longe, a cena deve ser, mundialmente, prestigiada dessa forma e, com o destaque que ela vem ganhando através de eventos como esse e, até mesmo, em festivais comerciais, sua explosão e a sua energia não vão demorar para bater na porta de onde ela ainda não tomou conta.