Conheça AWOLNATION, banda que mistura o eletrônico e o rock com versatilidade | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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Conheça AWOLNATION, banda que mistura o eletrônico e o rock com versatilidade

Nascido e criado em um subúrbio de Los Angeles chamado Westlake Village, Aaron Bruno começou a tocar guitarra antes mesmo dos 10 anos de idade. Com um diagnóstico de TDAH em mãos logo no Ensino Médio, foi também naquela época em que ele recebeu o apelido que finalmente o consagraria ao resto do mundo: AWOL, ou “absent without leave”, que pode ser traduzido como ausente sem permissão, já que ele sempre saía mais cedo das festas que frequentava.

O começo dos anos 2000, então, foi um período bastante movimentado para Bruno, que buscava sua própria identidade. Para isso, integrou diversos projetos, como o Home Town Hero, que carregava uma forte influência do grunge, e a Under the Influence of Giants, que puxava para um lado mais funk-rock. Foi quando a banda optou por se separar que ele decidiu que era tempo de focar em algum projeto próprio: o que o cantor e multi-instrumentista esperava era uma oportunidade de produzir e lançar músicas que não encontraram seu lugar nas outras bandas.

E foi da união entre as padronizações mais ousadas do rock e da música eletrônica que nasceu o AWOLNATION, uma banda que se assume como uma vitrine fluida de gêneros que contrasta – e muito – com o que Bruno costumava lidar nos projetos que participou anteriormente. E o resultado foi um sucesso. No primeiro EP lançado, Back from Earth (2010), o single Sail furou a bolha mainstream e chegou a 17ª posição na Billboard Hot 100. Em 2021, inclusive, a música atingiu a marca de 10 milhões de cópias vendidas e ganhou certificação diamante.

Em 2015 o segundo álbum de estúdio foi lançado: Run contou com os singles Hollow Moon (Bad Wolf), I Am e Woman Woman. Aaron Bruno atuou como produtor solo do disco e também escreveu todas as músicas. Aqui, a mistura de gêneros parece ser elevada a outro patamar ainda mais impressionante. A influência dos projetos anteriores fica ainda mais visível, inclusive, já que o artista traz os vocais guturais característicos do post-hardcore, uma roupagem noise em alguns trechos de músicas e, por cima de tudo, a presença de sintetizadores é fortíssima.

O próximo lançamento, Here Come the Runts (2017) veio com uma divulgação pesadíssima e diversas declarações por parte de Bruno de que as pessoas estavam se cansando de ouvir uma “instrumentalização robótica”. Segundo ele, as guitarras deveriam voltar a ser o foco do rock. Com os singles Passion, Seven Sticks of Dynamite, Miracle Man e Handyman. As músicas, aqui, assumem um tom mais experimentalista e, apesar de não serem abandonados, os sintetizadores são bem menos presentes, já que a banda buscava um som mais orgânico e natural.

Três anos depois, o lançamento de Angel Miners & the Lightning Riders (2020) foi marcado por eventos traumáticos na vida de Aaron Bruno, que declarou que as músicas lançadas foram inspiradas por algumas das experiências mais difíceis pelas quais ele já tinha passado. Seus singles foram The Best, California Halo Blue, Mayday!!! Fiesta Fever e Slam (Angel Miners).

Durante a pandemia, a banda decidiu lançar um álbum de covers, que incluiu músicas como Wind of Change, do Scorpions, Beds are Burning, do Midnight Oil’s e até mesmo Material Girl, da Madonna. Por causa da quarentena, o disco foi todo gravado virtualmente e contou com a colaboração de diversos artistas. Para Bruno, foi um processo divertido e terapêutico, justamente por ocupar a cabeça dos músicos com uma alternativa às notícias negativas que tomavam conta dos jornais na época.

Ao longo de uma década e meia Aaron Bruno e o AWOLNATION encontraram diversas maneiras de se encaixarem na indústria e até mesmo fizeram tentativas de tentar ultrapassá-la ao se mostrarem como um projeto multifacetado, que tenta escapar dos rótulos impostos por outras bandas de rock com pegada eletrônica dos anos 2010, como, por exemplo, o Imagine Dragons. A fuga da narrativa normativa acaba tornando-se uma alternativa interessante e curiosa – palavras perfeitas para descreverem o conjunto musical.

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