Conheça o kawaii-metal do BABYMETAL e seu papel na cena do metal
Quando falamos de metal e todos os subgêneros que o compõem, existem alguns padrões que chegam de forma automática na nossa mente, esses que formam o estereótipo da coisa. Mas, mesmo sem ir muito a fundo nos diversos nomes da indústria, é possível encontrar uma parcela de bandas que quebra esses padrões, construindo uma identidade inigualável e inesquecível. No caso da banda BABYMETAL, que une a estética fofa do J-pop com a agressividade do Heavy Metal, a autenticidade divide opiniões mas também dá ao gênero novas oportunidades de se sobressair no mundo da música.
O BABYMETAL tem origem japonesa e foi formado em 2010 por Kobametal (Key Kobayashi), produtor da agência Amuse. Inicialmente composta por Su-metal (Suzuka Nakamoto, vocalista principal), Moametal (Moa Kikuchi, dançarina e vocalista de apoio), e anteriormente Yuimetal (Yui Mizuno, dançarina e vocalista de apoio), o trio super jovem já trazia uma bagagem artística Idol popular na cultura asiática anteriormente apresentada no subgrupo Sakura Gakuin. Com a saída de Yuimetal em 2018 por motivos de saúde, a banda se tornou dupla até a chegada de Momometal (Momoko Okazaki) em 2023 que atualmente compõe a formação do grupo.
Logo no início da jornada, o grupo lançou seu primeiro single Doki Doki Morning em 2011, que rapidamente ganhou popularidade no YouTube. Esse sucesso inicial levou ao lançamento de mais singles, como Megitsune e Ijime, Dame, Zettai, que ajudaram a estabelecer sua base de fãs. O primeiro álbum de estúdio autointitulado da banda foi lançado em fevereiro de 2014 e deu para o trio o alcance internacional, conquistando altas posições nas paradas de vários países. Nesse pontapé inicial, o nascimento do principal hit da banda, Gimme Chocolate!!, marcou a forma como o BABYMETAL seria reconhecido mundialmente.
Sua identidade única trouxe para o metal coreografias, vocais kawaii mesclados com screamo e muita energia jovial. Babymetal começou a se apresentar em festivais de música internacionais, abrindo também shows para grandes nomes como Metallica, Slayer e Red Hot Chili Peppers, solidificando sua presença na cena musical global através dessas fortes referências. A mistura de riffs pesados de guitarra, baterias intensas e vocais melódicos deu para o trio a identidade única que nenhuma outra banda tinha dentro do cenário do Heavy Metal, modificando a visão regrada dos modelos antigos.
E, nesse sentido, é incrível ver a evolução em todas as suas produções. Com um misto de sentimentos, suas letras também trazem narrativas diferentes como mitologias e ficção-científica. Em 2016, a banda lançou seu segundo álbum de estúdio, Metal Resistance, que incluía hits como Karate e The One. Esse período caracterizou uma luta do trio contra as críticas e recusas de parte do público fiel aos gêneros clássicos do metal. Mesmo entre conflitos e descrenças, BABYMETAL seguiu deixando sua marca linear com o passar dos anos.
Entre singles e colaborações de sucesso, como Leave It All Behind (F.HERO e Bodyslam), o trio dá continuidade ao estilo único com suas performances coreografadas e visuais nada convencionais. É possível observar os diferentes públicos que a banda atinge e isso cria uma atmosfera musical que permite toda a troca cultural entre os fãs e as bandas. Como deve ser incrível presenciar tudo isso, né? Ainda bem que a BABYMETAL confirmou presença no Brasil junto com o Knotfest, que vai rolar nos dias 19 e 20 de outubro em São Paulo. Enquanto esses dias não chegam, é com essa energia que a Moodgate te convida para ouvir a playlist que preparamos especialmente para esse primeiro contato (ou, se você já é fã de carteirinha, dá o play e aproveita mesmo assim!).
Híkaro Luiz da Silva
Vocês não tem noção o quão isso é importante para nós! Fãs de Babymetal!
Obrigado por trazer um conteúdo tão especial como este!
Um abraço de Híkaro Luiz – Criador da Babymetal Brazil
Luis
Elas salvarão o Metal. Em poucos anos, os dinossauros que amamos terão virado petróleo e elas estarão encabeçando os festivais, trazendo consigo muita bandinha que hoje adora adiá-las.