Festival Polifonia e Circo Voador: Uma combinação perfeita | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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Festival Polifonia e Circo Voador: Uma combinação perfeita

O Festival Polifonia aconteceu no último sábado (05) no Circo Voador em uma noite fria (para o carioca 19º é frio, sim) no Rio de Janeiro. Reunindo diversas bandas e artistas e com um show de organização, o público chegou e voltou pra casa com grande tranquilidade e, com certeza, de coração cheio após uma sequência de shows tão especiais.

Os portões do evento abriram às 16:30 e já pelas 17h a banda El Toro Fuerte subía no palco para iniciar os trabalhos com uma apresentação em que o caos se transformou em música. Trazendo uma pluralidade sonora extremamente singular, o quarteto contagiou a plateia que chegava para o festival com sua energia.

Dando seguimento a festa, Sound Bullet, com seu som pesado e politizado, realizou uma apresentação madura e digna de estar no line up do festival. No setlist, sons do seu último álbum “Inevitável”, lançado em 2023. A galera começou a comparecer em maior número, aproveitando o melhor da cena underground nesse final de tarde de sábado.

A tão esperada reunião do Deluxe Trio, consagrados no movimento Riocore, retomou finalmente os palcos nesse comeback especial. Sob comando do vocalista e compositor Bil, a banda entoava seus clássicos como “Cassino”, “Acelerador” e “Um Pouco Mais Além”, trazendo grande nostalgia da cena carioca. Foi um show intenso, emotivo e que, apesar do tempo ser menor por ser um festival, conseguiu entregar tudo o que se esperava.

Durante os intervalos, a animada Roda de SKA agitou a galera na parte ao ar livre do Circo Voador com suas versões dançantes de diversas músicas, algumas até inesperadas como a famosa “Sweet Dreams (Are Made of This)”. Além de combinar com o evento, essa ideia de realizar essa apresentação durante os intervalos trouxe um ótimo dinamismo no festival que, vale destacar, estava muito organizado, contando com barraquinhas de merch das bandas, sem filas para usar o banheiro, filas curtas para comprar bebida e o principal, todas as bandas e artistas cumpriram com o horário e foram extremamente pontuais ao subir no palco para a realização de seus shows.

Para agitar ainda mais o rolé, Garage Fuzz chega com um setlist insano e uma energia avassaladora. Foi hora de abrir mosh e fazer stage dive. Clássicos como “Cortex” e “Fast Relief” trouxeram uma visceral nostalgia e, como toda boa banda de hardcore, fez seu público ser uma extensão de si, interagindo a todo tempo e criando um caos carregado por uma sintonia singular. Inclusive, em determinado momento, o vocalista Victor Franciscon desceu do palco e foi cantar no meio da roda, no fim da canção, o público levantou o cantor e colocou ele de volta no palco com suas próprias mãos. Não é qualquer show que vemos algo desse tipo acontecer tão naturalmente, existe uma relação de muita união ali e esse é o verdadeiro poder do hardcore.

Depois de uma sequência agitada, chegou a hora de acalmar os ânimos, soltar a voz e deixar as lágrimas escorrerem. Esteban Tavares chega para mais uma apresentação tocante e emotiva. “Segunda-Feira”, “Carta aos Desinteressados” e “Cigarros e Capitais” foram algumas das músicas presentes no setlist. Trazendo uma apresentação mais intimista com seu público, Esteban entregou seu lado sentimental ao máximo e recebeu de volta esse afeto do público que se juntou na frente do palco, a sensação era de que de alguma forma todos ali, dos artistas no palco até a pessoa mais atrás, estavam dando um grande abraço.

Pra fechar a noite, menores atos. Figurinha carimbada no Polifonia, a banda mais uma vez correspondeu às expectativas e realizou mais um show espetacular. Dessa vez, tocando o seu aclamado disco “Animalia” na íntegra. Impulsionados pelo incansável Cyro, o público extravasou tudo o que tinha em cada acorde, cada letra, de cada música, guiados por uma apresentação muito consistente, sem deixar o ritmo cair em nenhum momento. E vale destacar que, felizmente, não é o tipo de show que as canções soam como na versão de estúdio, ao vivo é tudo ainda mais intenso, o sentimento é elevado para um outro nível por conta da performance e da entrega da banda.

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