Noite mágica com Paul McCartney: Beatles, hits solo e amor pela música no Allianz Parque! | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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Noite mágica com Paul McCartney: Beatles, hits solo e amor pela música no Allianz Parque!

Com uma verdadeira aula de como dar um show inesquecível, o incansável músico britânico transformou o Allianz Parque em uma celebração do eterno legado dos Beatles e do, possivelmente, artista mais influente da música contemporânea. Não é novidade: algumas pessoas têm o poder de mudar o mundo, e Paul McCartney é uma delas. Não é preciso voltar aos anos 60, quando quatro jovens de Liverpool enlouqueciam multidões, para perceber que o legado de “Macca” continua inspirando pessoas de todo o mundo a pegar um instrumento pela primeira vez.

A noite desta terça-feira, 15 de outubro, ficará marcada como uma das visitas mais especiais e memoráveis do ícone cultural ao Brasil. Mais do que apenas um show, foi a desculpa perfeita para milhares tirarem do armário aquela velha camiseta dos Beatles e viverem um momento em que a paixão pela música emocionou todas as gerações.

McCartney irradia energia, transitando com habilidade entre guitarra, baixo, teclado e ukulele. Sua voz, embora revele os efeitos do tempo, ainda consegue alcançar as notas mais altas, lembrando o ousado estudante de Liverpool que, com seus amigos, iniciou uma revolução musical. Logo após tocar a primeira canção do show, Paul surpreendeu a plateia ao falar um pouco de português, cumprimentando-os com um “Boa noite” Em outro momento, ele usou a expressão “O pai tá on”, que se popularizou na internet nos últimos anos.

Crédito Marcos Hermes

Pontualmente, o estádio mergulhou na escuridão, e a banda que acompanha Paul tomou seus lugares sob uma enxurrada de gritos que ecoaram por todo o Allianz. A imagem do lendário baixo Hofner em forma de violino encheu as telas, aumentando a expectativa até o momento em que Paul surgiu no palco. De terno e sem gravata, ele não perdeu tempo e abriu a noite com o clássico “A Hard Day’s Nights”. Bastou o primeiro acorde para que todos ali soubessem: seria uma noite lendária.

Assim como em outras apresentações, o início foi eletrizante, com performances impecáveis de “Junior’s Farm” e “Letting Go”. Paul fez questão de saudar o público com seu famoso “Olá, meninos e meninas!”, provocando euforia imediata. A apresentação seguiu com “Got to Get You Into My Life”, momento em que até o guitarrista Rusty Anderson, parceiro de longa data de McCartney, parecia surpreso com a energia da plateia. Em uma jogada espetacular, seções de metais surgiram no meio do público, elevando ainda mais o impacto da canção.

Paul parecia à vontade e próximo do público, ensaiando frases em português durante os primeiros minutos do show. A grandiosidade do espetáculo, com mais de 30 músicas no setlist, mostrou a força de um artista de 82 anos que ainda domina o palco com vitalidade invejável.

Foto: Joel Rocha  (Moodgate)


As homenagens à sua vasta carreira não demoraram. Clássicos como “Let Me Roll It” e “Let ‘Em In” ganharam introduções especiais, com trechos de “Foxy Lady” de Jimi Hendrix. As telas gigantes também cumpriram seu papel, exibindo imagens de John, George e Ringo durante músicas como “Drive My Car” e “Getting Better”, provocando momentos de pura nostalgia.

As emoções vieram à tona com “Blackbird”, tocada enquanto Paul subia em uma plataforma de seis metros, e uma homenagem tocante a John Lennon com “Here Today”.

Um dos momentos mais emocionantes da noite foi a performance de “Now And Then”, a última e controversa canção dos Beatles. Com projeções imersivas do quarteto, essa faixa trouxe um ponto alto para o meio do show.

Após uma hora e meia, a banda liderada pelo talentoso baterista Abe Laboriel Jr acelerou o ritmo com uma sequência avassaladora de hits. “Lady Madonna” e “Jet” incendiaram o estádio com lasers, chamas e projeções, acompanhando a energia vibrante de Paul.

Como em uma missa musical, todos cantaram em uníssono quando Paul se sentou ao piano e começou os acordes de “Let It Be”. A emoção aumentou ainda mais com “Live and Let Die”, que explodiu em um espetáculo pirotécnico impressionante.

Os momentos finais trouxeram “Get Back” e “Hey Jude”, unindo crianças e adultos em um coro poderoso com o icônico “Na Na Na”. Após agradecer ao público, Paul fez uma breve pausa, apenas para voltar segurando a bandeira do Brasil, provocando uma nova onda de aplausos e amor.

Com uma bela Gibson Les Paul em mãos, Paul iniciou “I’ve Got a Feeling”, em um dueto virtual com John Lennon projetado nas telas. “Birthday” e “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” abriram caminho para o estrondoso “Helter Skelter”, em uma sequência que fez o estádio vibrar até os alicerces.

Para encerrar a noite, Paul e sua banda entregaram o icônico medley de Abbey Road: “Golden Slumbers”, “Carry That Weight” e “The End”. E quando as notas finais ecoaram pelo Allianz, Paul recitou os versos que pareciam resumir toda a magia daquela noite:

“And in the end, the love you take / Is equal to the love you make.”

Assim, diante de uma multidão rendida, Paul McCartney encerrou a primeira de três noite no Brasil, provando que seu legado é eterno e que a música é capaz de unir corações de todas as idades.

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joelrneto12@gmail.com

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