Mother Mother faz show animado e otimista para público jovem em São Paulo
Quinteto canadense entregou apresentação cheia de energia para audiência majoritariamente mais nova
Não há nada como a euforia jovem. O Mother Mother, quinteto canadense, chegou ao Tokio Marine Hall, em São Paulo, nesta quarta-feira, (23), com certa desconfiança. A primeira apresentação solo da banda no país teve casa cheia, mas não lotada. No entanto, a sensação era que a banda se apresentava para cerca de 10 mil pessoas.
Guiados pelo carisma de seu vocalista, Ryan Guldemond, que o tempo todo exaltava o público e o poder da arte em suas diferentes frentes, a audiência parecia estar em perfeita sintonia com o grupo.
Trazendo a turnê de Grief Chapter para o Brasil pela primeira vez como atração principal, o grupo é muito bem ensaiado. O som, predominantemente indie pop, cheio de teclados e synths, também tem influências do rock britânico alternativo popular dos anos 2000.
Ryan divaga sobre diversos temas durante o show, entre canções e discursos esperançosos sobre vida e futuro, criando uma relação quase de paternidade com os fãs ensandecidos que acompanhavam a apresentação.
Faixas como “Body” e “Verbatim” animaram com muita energia o público, que não abandonou os vocais em nenhum momento. Que sentimento único é a gana jovial de se viver sonhos com ídolos, não?
O Mother Mother tem feito muito sucesso com a nova geração por meio das redes sociais. No TikTok, são milhões e milhões de músicas utilizadas em vídeos. Talvez seja por isso que o público-alvo do grupo tenha mudado no último ano.
Em comparação com o Lollapalooza, onde a banda se apresentou ano passado, a audiência era bem mais nova. O Tokio Marine Hall foi tomado por pais e mães que foram acompanhar seus pupilos adolescentes a viverem, provavelmente, a primeira experiência em um show ao vivo. O clima foi de festa e celebração.
“Seja bom com você mesmo, sejam bons uns com os outros. Vivam a vida”, finaliza o show em alto e bom-tom o vocalista ao performar “Burning Pile”, última faixa da setlist.
O Mother Mother não parece querer revolucionar a indústria, mas também não pensa em apenas fazer seu pé de meia e viver em turnês mundiais por aí. Se a banda hoje em dia conversa mais com a molecada, que eles continuem amplificando as ideias de quem enxerga a vida por um olhar mais otimista. Talvez seja o que falte para o futuro.