Cinco performances de Spiritbox que são, literalmente, de tirar o fôlego
Diretamente de Toronto, Canadá, o Spiritbox se consolidou como uma das bandas mais inovadoras e fortes da cena do metalcore atual. Com uma sonoridade que mescla elementos do metalcore, deathcore e até mesmo do pop, o grupo, formado por Courtney LaPlante (vocal), Mike Stringer (guitarra), Josh Gilbert (baixo) e Zev Rose (bateria), conquistou fãs ao redor do mundo com sua energia explosiva e letras introspectivas, principalmente, durante o lançamento de seu primeiro álbum de estúdio, o Eternal Blue (2021), digno de estreia notória na música alternativa, indo parar no primeiro lugar do Top Rock Albuns da Billboard.
O que também emergiu como destaque foi a performance de Courtney nas faixas do álbum e de seus EPs anteriores, bem como em live sessions produzidas para o canal do quarteto. Sua voz versátil, com screamos e tons graves, enquanto canta letras introspectivas, dolorosas e árduas, é alvo de críticas positivas, que constantemente a reconhecem como uma das frontwomans mais influentes dos últimos anos. Com uma discografia ainda relativamente curta, o Spiritbox já lançou dois EPs aclamados além de seu álbum de estúdio, o autointitulado (2017), o Singles Collection (2019) e o The Fear of Fear (2023).
E como muito requisitado, a banda desembarca no Brasil em 2024 para abrir o show do Bring Me The Horizon, no dia 30 de novembro, pela 30e, no Allianz Parque, junto às bandas The Plot in You e Motionless in White. Para aquecer esse momento histórico, a Moodgate separou cinco performances do Spiritbox que são, literalmente, de tirar o fôlego. Confira:
5 – Belcarra (Courtney LaPlante Live One Take Performance)
Pertencente ao Singles Collection (2019), Belcarra mostra a potência vocal de Courtney em meio aos riffs de guitarra e baixo longos e marcantes de Spiritbox. Os gritos da frontwoman são escancarados e ardentes, de forma que oscilam com sua voz grave durante a canção, que fala sobre lutar em meio a pressão e a escuridão. É uma viagem angustiante e fora de si. Na performance solo de Courtney, ela se expressa com clareza tanto com os screamos quanto com a melodia.
4 – Yellowjacket (feat. Sam Carter)
Com Sam Carter, vocalista do Architects, banda de grande nome no metalcore atual, Yellowjacket foi ansiosamente esperada por quem estava acompanhando a estreia de Spiritbox em 2021, com Eternal Blue. A faixa é a terceira do álbum e já deixa o ambiente ofegante e rodeado de caos, com um instrumental descontrolado, mas conivente com a bagunça proposta na composição, visto que ela aborda sobre traumas não superados, em forma de metáfora. “Buraco na minha cabeça na forma de um homem, eu juro que foi uma ilusão da retina”, canta Courtney logo nos primeiros segundos da canção. Além disso, os screamos de Courtney e Sam se entendem perfeitamente e congestionam os pensamentos perturbados do passado refletidos na letra.
3 – Angel Eyes
De The Fear of Fear (2023), Angel Eyes é a personificação de um lugar sombrio, com um vazio ensurdecedor. Apesar de ser uma das músicas mais ousadas da banda, a letra representa uma pessoa vulnerável, com medo. Ela aborda sobre o resquício de sanidade ou estrutura que ainda se há enquanto há um confronto com o passado, mais especificamente com a dor e o sofrimento deixados para trás. A repetição obsessiva de ‘take me’ e ‘break me’ (leve-me e quebre-me, respectivamente) sugere um desejo de se libertar de uma realidade dolorosa, ao mesmo tempo em que Courtney se abraça a vulnerabilidade como um meio de encontrar algum tipo de redenção. A perda da inocência, um tema recorrente na faixa, serve como base para essa busca interior. Para deixar o teor das letras ainda mais intenso, a vocalista grita do início ao fim em meio a uma sonoridade robótica condensada por riffs de guitarra e baixo, junto a batidas frenéticas da música. Ela é uma das performances mais marcantes de Spiritbox.
2 – Rule of Nines (Courtney LaPlante Live One Take Performance)
_Rule of Nines _é um dos singles destaque de Spiritbox ainda nos dias de hoje, tendo sido lançado em 2019. A música fala sobre raízes quebradas que simbolizam feridas abertas, indicando um passado doloroso que se infiltra no presente, gerando uma sensação de desintegração e uma batalha interna incessante. Ela tem ecos graves e riffs intensos de guitarra, enquanto Courtney grita em meio a suas dores. “Disseram que é um mundo cruel. Aprendi os métodos de um sádico, então me deito na forma de um corpo e vivo o simbólico”, ela repete mais de uma vez. A Live One Take Performance dessa canção é densa e bruta e destaca ainda mais a voz de LaPlante.
1 – Circle With Me
Single e hit, Circle With Me é a porta de entrada para Eternal Blue (2021), pois foi a primeira música de divulgação do álbum. Ela fala sobre poder e ambição, bem como o que se há de disposto a ser sacrificado para conseguir o que quer. “Se não houver calor quando eu escalar o fogo é frio. Eles ecoam: Isso tudo poderia ser seu”, Courtney diz quase que sussurrando. A faixa tem rangidos, batidas imprevisíveis e screamos longos, o que reforça a identidade de Spiritbox e sua jornada pelo metal progressivo em minutos.