Drug Church entrega retorno sólido sem desapegar do hardcore em “Hygiene”

Fazia tempo que não recebíamos uma dose completa das vibrações catárticas e transcendentes de Drug Church. A turma de Albany, Nova York, voltou em 2021 com o EP Tawny, mas não lançava um álbum completo desde o monumental Cheer de 2018. As melodias cativantes do quinteto e o humor irônico sobre questões sociais tornam suas músicas tão profundas quanto as de qualquer outro “artista veterano”. Criada como um projeto puramente individual, a banda adere à uma coleção de fusões de gêneros, mas, de alguma forma, sempre permanece sólida na nota dobrada, ritmo agressivo e percussão estridente do post-hardcore.

Hygiene, seu quarto disco, é um momento “eureca” em tempo real – a integração de como o grupo explora ideias às vezes propositais ou não, que caem em completa unidade. Eles também operam dentro de um som semelhante a Pixies e Idles, mas com refinamento que beira o obsessivo. Isso poder ser observado principalmente nas faixas “Fun’s Over” e “Plucked”.

Essa é uma obra que não nega sua capacidade emotiva. Em “Detetive Lieutenant” e “Super Saturated”, o lirismo do vocalista Patrick Kindlon sempre flertou com o fluxo de consciência até certo ponto, apresentando um narrador feito de frustração, poder e aceitação. Riffs escorregadios de Nick Cogan e Cory Galusha não desfizeram qualquer potencial pop, como é o caso de “Million Miles of Fun” e “Premium Offer”. Kindlon sempre foi um vocalista capaz, mas agora aprendeu que a melhor maneira de fazer uma letra é combiná-la com um gancho gigantesco e inegável, mesmo quando ele mergulha em uma melodia enganosamente doce.