Full Force Festival: Saiba como foi o tradicional evento de hardcore na Alemanha | Moodgate
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Full Force Festival: Saiba como foi o tradicional evento de hardcore na Alemanha

No último domingo (23), o Full Force terminou a todo o vapor. Com muitos moshs e surfings nas famosas gigs, o público se manteve animado nos três dias de festival. O evento teve início na última sexta-feira (21).

O Full Force é um festival voltado para o hardcore, o Heavy Metal e o Punk. Anualmente, ele acontece na Alemanha, na península de Ferropolis. Lá, além de shows, há diversas programações envolvendo esportes e competições, bem como espaço para camping. No país, é tradição acampar em festivais. Por isso, o serviço de acampamento se iniciou um dia antes do evento (20), e terminou no dia 24, um dia depois dos shows cessarem.

Dentre os headliners que incendiaram e criaram o caos pelo em Dessau, na Alemanha, há Architects, Dropkick Murphys, Five Finger Death, Alligatoah, Bad Religion, Ice Nine Kills e Simple Plan.

Além deles, diversas outras bandas criaram clima explosivo pelo evento. Nos palcos Mad Max Mainstage, Medusa Stage, HardBowl Tentstage e Backyard Stage, rolou muita novidade, além de vibrantes performances. Para a cena alternativa, o Full Force possui grande importância, visto que festivais nichados para subgêneros não-mainstreams ainda são poucos, considerando o mundo todo.

Por isso, a Moodgate montou um compilado com os destaques do evento. Você já pode conferir todos os detalhes da nossa primeira cobertura internacional. Confira:

Primeiro dia: Architects, Simple Plan e mais

No dia 21, a amanhã é pequena parte da tarde do festival foram comprometida, devido as chuvas e os trovões frequentes em Ferropolis. As primeiras atrações do evento foram interrompidas e muitas delas nem ao menos chegaram a acontece.

Em contrapartida, no fim do dia, o Full Force voltou a sua programação normal. O Simple Plan, grupo de Montreal, reanimou o público do evento, no Mad Max Stage, assim que os portões foram abertos novamente. Com uma setlist com uma hora de duração, a banda instaurou nostalgia por Ferropolis. Hits como Welcome To My Life, I’m Just Kid e Perfect tiraram coros da plateia, que mesmo na lama, não parava de pular.

Em meio a alguns surfings, o baterista Chuck Comeau, foi fazer o seu. Na penúltima música, I’m Just Kiss, o vocalista Pierre Bouvier assumiu a bateria para Chuck se jogar na plateia. Ele foi nadando pela multidão por alguns minutos, com uma camisa da Alemanha, enquanto esbanjava sorrisos e falava brevemente com a galera. Esse momento foi o ponto alto do show, o que também trouxe o ar que o festival precisava depois de uma manhã em pausa.

Architects deu constância ao caos iniciado anteriormente. Sendo a atração principal do dia, eles entregaram o que tanto o festival preza: força total. O peso da perfomance da banda e a presença de palco de Sam Carter fecharam o primeiro dia do festival com chave de ouro. Em especial, as músicas Animals e Doomsday trouxeram adrenalina, junto dos tradicionais moshs e surfings das gigs, enquanto a madrugada se iniciava.

Segundo dia: Bad Religion, Madball, Until I Wake e mais

Until I Wake foi uma das primeiras bandas a abrir o evento em seu segundo dia. No palco Hardbowl, podia se notar, de longe, pessoas ecoando suas músicas envolta do mais moderno punk e hardcore. As músicas Self Medicated e Octane estremeceram o palco com os gritos do vocalista Jaali Cypher. Ele, também, interagia bastante com o público, se mostrando muito animado em estar ali. O público, por sua vez, sempre se mostrava disposto a retribuir, fazendo rodas e coros.

No Mad Max Stage, Madball deu abertura para o bom e o nosso novo e velho metal. A apresentação foi contagiante, com hits como Set It Off e Born Strong dispertando toda a energia do público. A atenção dele se mantinha para o vocalista Freddy Cricien a todo tempo, que mostrou uma presença de palco voraz.

Em sequência, Kataklysm reforçou todo esse peso com a sua discografia no mesmo palco. As batidas e os solos de guitarra estridentes eram o ponto forte do show, junto ao vocal sólido e marcante do vocalista Maurizio Lacono. Surfings foram feitos durante todo o show, sem parar, e as músicas The Black Sheep e Narcissist deixaram a gig ainda mais efervescente.

Deixando tudo mais clássico e nostálgico, Bad Religion subiu ao Mad Max Stage dando outra cara para o palco, bem como outro sentimento. A união entre as pessoas da plateia era nítida, desde o primeiro minuto de apresentação da banda. Todos estavam impulsionando o surfing, se juntando para carregar as pessoas até a grade para elas terem uma boa experiência nadando. Ao chegar na grade, quem escolheu surfar era pego pelo segurança, corria até o final do vir e, após isso, voltada ao seu posto junto ao público. Podia-se ver incontáveis pessoas por cima da multidão, além de que era explícito o sorriso de cada uma delas.

No palco, o Bad Religion deu uma volta por sua discografia, com uma postura serena e radiante. Eles sabiam o que exatamente estavam fazendo. O show foi desde My Sanity, do álbum Age Of Unreason (2019), até American Jesus, do álbum Recipe For Hate (1993). Tanto para quem fosse fã ou para quem conhecesse meras músicas, o show, com certeza, despertou sentimentos nostálgicos e rebeldes.

Terceiro dia: Ice Nine Kills, Bury Tomorrow, Boston Manor, Holding Abscence e mais

No último dia, Holding Absence começou a tarde com gritos e punk, no Medusa Stage. Muitas pessoas estavam nadando no lago ao lado do palco, enquanto observavam o show de longe. De perto, a plateia pulava e cantava hits como Afterlife e Gravity. O vocalista Lucas Woodland se mostrou contente em estar ali, diversas vezes. Seus vocais melancólicos junto aos gritos do vocalista e violonista Scott Carey deixava a performance mais emocionante.

E foi o mesmo que se pode notar no show de Bury Tomorrow, as vozes dos vocalistas Kristan Dawson e Davyd Winter-Bates se completavam. Os refrões graves e os gritos deles equilibravam a reação da plateia, uma hora cantando e dançando, ora outra se esperneando ou formando moshs por todo o espaço. Foi um belo contraste. Ademais, os surfs também rolaram durante a apresentação da banda, parando apenas após o show cessar.

No palco Hardbowl, durante o anoitecer, Boston Manor incendiou o Full Force. A banda britânica fez um show de onze músicas, passando por álbuns como Welcome To The Neighbourhood e Datura.

O vocalista Henry Cox deixava tudo mais caótico, pedindo para abrir rodas. As pessoas, também, surfavam, de longe até a grade, enquanto toda a multidão estava empenhada em fazer desse momento incrível a quem levantasse para nadar.

Hits como Halo e Foxglove tiraram coros estridentes de todos instaurados ali. A música Passanger, do álbum Datura, ocasionou uma leva de surfs sem fim. Tanto quem estava de pé, tanto quem estava deitado cantava o verso It’s than me, bigger than us sempre que ele se repetia. Foi um show marcante, repleto de hardcore.

Ice Nine Kills trouxe performance caótica e conceitual para o Mad Max Stage. Sendo uma das últimas apresentações da noite, o grupo de Massachusetts instaurou barulho, com muitos pulos e surfs. A Grave Mistake e The American Nightmare mostram ainda mais a força da bandas. Nelas, a plateia vibrava e cantava como nunca.

Para um último dia, a bagunça e o tremor esperados foram feitos. E Ice Nine Kills teve grande responsabilidade nisso. A banda mostrou exatamente como tirar a plateia do chão, mesmo nas últimas horas de festival. O caos vence o cansaço.

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