C6 Fest encerra sua versão carioca com indie e a esperança de um retorno breve
No sábado (21), a versão carioca do C6 teve seu encerramento no Vivo Rio, marcando o fim de um festival que já deixa o público muito empolgado para a próxima edição. Depois do eletrônico e do jazz, chega o dia do indie, gênero que parece em falta em grandes eventos.
Terno Rei abriu a noite com a competência que todo mundo já conhece. A segurança da banda em cima do palco só cresce. Sabe quando você assiste a uma banda, pode ser em qualquer lugar, e ela soa grande? O Terno Rei está assim. O público se mostrou muito animado e cantou todas as músicas. Os pontos altos foram Solidão de Volta e a linda Retrovisor, que contou com a participação de Lewis Evans, integrante da Black Country, New Road, banda que tocou logo em seguida.
É impossível descrever o que é assistir a um show do BC, NR. Primeiro, os seis integrantes são exímios instrumentistas: é impressionante a leveza densa com a qual eles tocam seus instrumentos. É doce e amargo, esperançoso e triste; é maravilhoso. A atmosfera insere a audiência num filme de aventure e fantasia com uma trilha sonora mágica e grandiosa, atribuindo uma sensação única que só um show do Black Country, New Road poderia oferecer.
Pra fechar a noite, os veteranos do indie do The War on Drugs fizeram sua estréia no Brasil quase duas décadas depois de sua formação com um show encorpado e grandioso. A banda é muito coesa e talentosa, com destaque para Adam Granduciel, vocalista cujo timbre é uma bela mistura de Bob Dylan, Bryan Adams e Bruce Springsteen.
A apresentação se iniciou com a empolgante Nothing to Find e a partir daí a banda já tinha conquistado a platéia. O clima de um bom show indie esquenta o coração e o The War on Drugs atingiu essa meta; das luzes à escolha de músicas do set, tudo estava perfeito. O Vivo Rio vibrou quando eles tocaram o seu maior hit, a catártica Red Eyes.
Os três dias do C6 Fest no Rio de Janeiro foram maravilhosos e, à organização do festival, fica o pedido para que não demorem muito para trazer as próximas edições. Uma certeza é que a Moodgate e eu, Gustavo Chagas, estaremos lá!